Amigos e familiares se despedem de Barbosa Lima

Jornalista e ex-diretor da TV Educativa, Barbosa Lima esteve no "Jornal de Vanguarda" e o "Abertura"

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Por Alexandre Rodrigues
Atualização:

Amigos, familiares e muitos jornalistas compareceram ontem ao velório do jornalista e publicitário Fernando Barbosa Lima, ex-diretor da TV Educativa e presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasielira de Imprensa (ABI). Ele morreu na sexta-feira, aos 74 anos, de infecção generalizada, no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, na zona sul do Rio, onde estava internado há duas semanas. Após o rápido velório, realizado durante a manhã, numa capela do Cemitério São João Batista, no mesmo bairro, o corpo do jornalista foi levado no início da tarde, para o Memorial do Carmo, na zona portuária, onde seria cremado. Muito emocionada, a viúva, Roseanea, recebeu o apoio de ex-companheiros de trabalho de Barbosa Lima, como o jornalista Roberto D' Ávila. Ele deixou uma filha e três netos. O ministro das Cidades, Marcio Fortes, também compareceu. O cartunista Chico Caruso lembrou sua convivência com Barbosa Lima em programas inovadores como o "Jornal de Vanguarda" e o "Abertura", que revelou a vertente bem-humorada do jornalismo. "Na última vez que nos vimos, ele estava em Itaipava, com seu carrinho vermelho esporte. Ele gostava da vida e sabia viver. Era um tipo raro de diretor criativo e doce. Era um boa praça" . A jornalista Vera Barroso, que trabalhou com Barbosa Lima na TVE, contou que entrou para a televisão pelas mãos dele. Para ela, sob a influência do pai, o jornalista e ex-presente da ABI, Barbosa Lima Sobrinho, o ex-diretor da TVE sempre buscou privilegiar os depoimentos e as personalidades brasileiras em seus programas. "Ele combinava muito bem a técnica, a criação e a administração. Hoje, as pessoas são especializadas . Falta o homem de televisão". O presidente da ABI, Maurício Azedo, lamentou a perda do amigo e colega de corporação. Ele destacou a infeliz coincidência da morte dele com o do jornalista Fausto Wolff, ex-diretor de "O Pasquim" e colunista do "Jornal do Brasil". Azedo lembrou que ambos desempenharam papel fundamental na redemocratização do País e no restabelecimento da imprensa livre. O corpo de Wolff permanecia ontem de manhã no Hospital São Lucas, à espera da reunião da família. Gaúcho, ele também morreu na noite de sexta-feira, vítima de insuficiência respiratória, provocada por uma hemorragia. Segundo amigos, ele tem uma filha que vive no exterior. Até o início da tarde, ainda não havia informações sobre o sepultamento.

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