Após sucesso eleitoral do PSD, Câmara quer restringir criação de partidos

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Por Redação
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BRASÍLIA, - A Câmara dos Deputados deve votar nesta terça-feira um projeto de lei, apoiado pela maioria dos líderes partidários, que propõe limites para criação de partidos políticos.

O projeto a ser votado pela Câmara determina que, se um partido for criado e acolher deputados e senadores de outras legendas, a Justiça Eleitoral não pode determinar que o tempo de TV e os recursos do fundo partidário sejam transferidos à nova legenda, como aconteceu com o PSD.

Os recursos e tempo de TV são divididos entre os partidos de acordo com o número de cadeiras no Congresso.

Essas vantagens só seriam conquistadas pelo novo partido depois de concorrer a uma eleição para a Câmara dos Deputados. A medida também é apoiada pelo líder do PSD, Guilherme Campos (SP), apesar de a sigla ter se beneficiado dessa regra na sua criação.

No ano passado o PSD formou uma bancada de 52 deputados e 2 senadores de outras siglas e, com isso, teve acesso aos recursos do fundo partidário e ao tempo de TV equivalente ao tamanho dessa bancada.

Nas eleições de domingo, sustentado pelos recursos do fundo partidário do tempo de TV concedidos pela Justiça Eleitoral, o PSD se tornou a quarto maior partido no comando das prefeituras, elegendo 493 prefeitos no domingo.

O PSD atraiu parlamentares de vários partidos, mas provocou danos principalmente ao DEM, de onde migraram para a nova legenda mais de 40 deputados.

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Os partidos resolveram impor esse limite, porque temem que depois da experiência vitoriosa do PSD haja uma onde de parlamentares descontentes que tentem criar uma nova legenda.

Se aprovado, o projeto pode, por exemplo, colocar limites nos planos da ex-senadora Marina Silva, que era filiada ao PV e deixou o partido na expectativa de criar uma nova legenda para concorrer à Presidência da República em 2014. (Reportagem de Jeferson Ribeiro)

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