Câmara Municipal do Rio aprova lei que proíbe fogos de altos ruídos

Objetivo da nova regra é proteger animais e pessoas sensíveis ao barulho; réveillon na praia de Copacabana está mantido

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Por Redação

A Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou nesta terça-feira, 6, o projeto que proíbe a fabricação, comercialização e uso de fogos de artifício na cidade. A regra, que será promulgada pelo presidente da Câmara, Carlo Caiado (sem partido), proíbe qualquer utilização de fogos de artifício por indivíduos isolados, mas permite o uso de fogos sem estampidos ou, ainda, os que produzam barulho de até 120 decibéis nos casos de eventos realizados pela prefeitura do Rio ou por instituições autorizadas pelo Executivo municipal.

A proposta, em tramitação na Casa há quatro anos, tem o objetivo de proteger principalmente animais e pessoas sensíveis, como as com transtorno do espectro autista. Após uma série de debates e ajustes no texto original, a redação aprovada preserva eventos como o tradicional réveillon na praia de Copacabana, na zona sul carioca, uma das principais festas turísticas da cidade A proposta estabelece, ainda, prazo de 180 dias para sua efetivação.

Tradicionalmente, cariocas e turistas assistem a queima de fogos realizada na praia de Copacabana na zona sul do Rio de Janeiro, durante a festa de Réveillon. Foto: Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

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“Os fogos de artifício perturbam não somente animais domésticos, bebês, crianças pequenas e alguns idosos, como também causam inúmeros desconfortos na vida selvagem, podendo até provocar a morte de muitas espécies”, disse o vereador Luiz Ramos Filho (PMN), autor da proposta.

Para Andrea Cassias, do movimento Rio sem Estampidos e tutora da Cadeia de Assistência Titi, disse vê no projeto um avanço importante. “Os estampidos fazem muito mal aos animais e às pessoas com autismo, sendo necessária a luta por uma sociedade melhor e mais inclusiva”, afirma.

Líder do governo, o vereador Átila Nunes (PSD) disse que essa é uma demanda antiga da população. “Outras comunidades já têm esse regramento de redução de ruído e não tem por que não adotá-lo em nossa cidade”, argumenta. O projeto muda o Artigo 33 da Lei Orgânica Municipal, que já proibia a fabricação e comercialização de fogos de artifício. COM AGÊNCIA BRASIL

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