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Investidora e presidente da G2 Capital, uma boutique de investimento em startups. Escreve mensalmente às terças

Opinião|A hora do CEO: nova era de liderança

As evoluções de agora têm potencial para tornar as empresas mais eficazes quando a crise acabar

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A pandemia vem sendo um desafio gigantesco para as empresas – e para os seus CEOs, que têm nessa catástrofe algo diferente de tudo o que já foi presenciado.

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Assim, eles precisaram mudar sua forma de liderança, aprimorando algumas técnicas. E essas evoluções têm potencial para tornar as empresas mais eficazes quando a crise acabar. Confira abaixo o que Carolyn Dewar, Scott Keller, Kevin Sneader e Kurt Strovink, consultores da Mckynsey’s, apontam como as quatro melhores práticas aplicadas por CEOs durante a pandemia.

A primeira é ambicione dez vezes mais. A crise desbloqueou mudanças em um ritmo e magnitude que fazem até mesmo o mais ousado e progressista dos CEOs questionarem suas metas.

Os CEOs que estão sendo bem-sucedidos são aqueles que estão pensando mais rápido e sendo mais ambiciosos Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Existem hoje pelo menos dois segmentos cuja maturidade aumentou exponencialmente do ponto de vista da inovação: o estabelecimento de metas e o modelo operacional. Ou seja, os CEOs que estão sendo bem-sucedidos são aqueles que estão pensando mais rápido e sendo mais ambiciosos.

A segunda é: eleve “ser” ao mesmo nível de “fazer”. Em um momento de crise, todos olham para seu líder. David Schwimmer, CEO do London Stock Exchange Group, disse: “As pessoas estão vindo até mim em busca de um tipo diferente de liderança. Em um ambiente normal, trata-se de liderança empresarial e definição de estratégia, bem como decisões de cultura e pessoas. Nesse ambiente, o que importa é ajudar as pessoas a manter o moral e auxiliá-las a estarem preparadas para tudo o que possa surgir em face das incertezas em um ambiente tão inóspito”.

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A terceira boa prática é: abrace totalmente o “capitalismo stakeholder”. Muito debatido na última edição do Fórum Econômico de Davos, esse conceito defende uma forma de capitalismo mais sustentável, que beneficie mais os agentes que têm ligação direta com a empresa em questão (colaboradores, consumidores, fornecedores, acionistas e comunidades locais) e não apenas os acionistas e investidores que não possuem identificação nenhuma com a empresa. Essa ideia vem dominando o cenário econômico mundial, conforme também vêm crescendo a parcela de responsabilidade social das empresas com as comunidades onde estão instaladas.

Por fim, aproveite o poder do networking. Aqui está uma das mudanças mais notáveis que vimos durante a pandemia: os CEOs estão conversando mais uns com os outros, despendendo uma troca de experiências que será útil não apenas para atenuar as consequências da pandemia, mas também para abordar questões que antes eram deixadas de lado. É algo importante para atingir, de forma conjunta, níveis mais aprimorados de desempenho empresarial, inovação e impacto social. *INVESTIDORA-ANJO E PRESIDENTE DA BOUTIQUE DE INVESTIMENTOS G2 CAPITAL

Opinião por Camila Farani
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