Carnaval registra segundo baleado nos circuitos de Salvador

Identificada como Deivison Henrique Moreira Lima, vítima foi atingida no tórax, na Praça da Piedade, e está em estado grave

PUBLICIDADE

Por Tiago Décimo
Atualização:

SALVADOR – Os circuitos do carnaval de Salvador registraram, na madrugada deste domingo, o segundo caso de ferimento por arma de fogo desde o início da folia, na quinta-feira. Identificada como Deivison Henrique Moreira Lima, de 20 anos, a vítima foi atingida no tórax, na Praça da Piedade, nas proximidades do trajeto do Circuito Osmar (Campo Grande), e está internada, em estado grave, no Hospital Geral do Estado.

PUBLICIDADE

Na madrugada de sábado, outro homem, identificado como João dos Santos Nascimento Júnior, de 27 anos, havia sido baleado na perna no início do Circuito Osmar. Ele segue internado. Os autores dos disparos ainda não foram identificados.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, nos dois casos as agressões foram motivadas por brigas de grupos que fazem tráfico de drogas em bairros periféricos da cidade. "Esta segunda vítima é um chefe do tráfico de (bairro de) Cajazeiras, que já havíamos prendido, mas que havia sido liberado pela Justiça", contou o secretário Maurício Barbosa. "Já interrogamos a namorada dele e ela mesma contou que o grupo que fez o ataque chegou apontando para a vítima, gritando 'é ele, é ele'. Infelizmente, o carnaval acaba sendo afetado por uma questão que não tem relação com a folia, que é a disputa de gangues rivais."

Segundo o governador da Bahia, Rui Costa, uma das medidas que estão sendo discutidas para o próximo carnaval é aumentar a quantidade de detectores de metais manuais usados pelas equipes de fiscalização nos arredores dos circuitos – hoje, os agentes de segurança têm 420 desses equipamentos para prevenir crimes.

"Mas é importante destacar que todas as modalidades de delitos demonstraram queda no número de ocorrências, nos primeiros dias do carnaval, na comparação com o ano passado, e que elas vêm caindo há três anos consecutivos”, afirmou. “O número de casos de lesões corporais é 15% menor, o de lesões corporais graves é de 60% a menos, o de crimes contra o patrimônio, 17% menor. Enquanto isso, os (números de) casos de conduções (a unidades policiais) e de lavratura de termo circunstanciado são da ordem de 120% maiores, o que mostra que o trabalho da polícia está ganhando cada vez mais eficiência."

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.