O número de casos de dengue caiu 24% no Estado de São Paulo nas primeiras 23 semanas deste ano em relação ao mesmo período de 2008. Os dados foram divulgados hoje pelo Ministério da Saúde. De acordo com informações enviadas pela Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, 5.077 pessoas contraíram a doença entre 1ª de janeiro e 13 de junho. No mesmo período de 2008, o número de infectados foi de 6.684.Em todo o País, o número de notificações foi de 361.552 nas primeiras 23 semanas deste ano. Isso significa uma redução de 49,8% em relação ao mesmo período de 2008, em que foram registradas 719.593 infecções pelo Aedes aegypti. Ainda segundo o ministério, a queda foi registrada em quatro regiões do País, com destaque para o Sudeste, que obteve redução de 65,5% no número de casos da doença. Apenas o Espírito Santo registrou aumento. Além de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais apresentaram queda no número de infecções.Nas demais regiões, as reduções foram de 49,9% no Sul, 47,3% no Nordeste e 29,9% no Norte. O Centro-Oeste, porém, registrou aumento de 13,8% nas notificações da doença. O índice nesta região foi puxado, principalmente, pelo número de infecções em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, de 29.825 e 11.740, respectivamente. O balanço também mostra queda de 85,2% no número de casos de Febre Hemorrágica de Dengue (FHD) notificados pelos Estados ao Ministério da Saúde. Nas primeiras 23 semanas deste ano, 1.021 pessoas tiveram FHD. No mesmo período de 2008, foram 3.487 notificações. Ao todo, 79 pessoas morreram por conta da FHD neste ano, dado 60,6% menor que os 201 óbitos registrados no mesmo período de 2008.Embora o dado nacional seja positivo, o Ministério da Saúde alerta para o fato de que as ações de controle e prevenção são permanentes e devem envolver governo federal, Estados e municípios, além da população, entidades de classe, organizações não governamentais e iniciativa privada. Para o diretor de Vigilância Epidemiológica do ministério, Eduardo Hage, a dengue deve ser combatida todos os dias, mesmo nos períodos em que as chuvas diminuem. Isso porque, explica ele, o ovo do mosquito pode se manter em condições para eclodir e virar larva por um período de até 400 dias.
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