O cerco sobre Freud Godoy, ex-assessor especial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vem se fechando. Cara a cara com Freud, Gedimar Passos, um dos envolvidos na tentativa de compra do dossiê contra tucanos, sustentou a versão de que o ex-assessor esteve no comando da ´negociação´, segundo informação publicada em nesta sexta-feira em O Estado de S. Paulo. Além disso, na última quinta-feira, a quebra do sigilo bancário de Freud foi autorizada pela Justiça de Mato Grosso. A quebra se estende de janeiro a setembro deste ano e inclui operações de compra e venda de ações, realizadas pela Telemig junto à Bolsa de Valores, e movimentações em sua conta. O Ministério Público, que fez o pedido à Justiça, quer saber se realmente foram transferidos R$ 396 mil em ações do investidor Naji Nahas para Freud em transação feita pela corretora do Banco Alpha. O MP também quer checar a real participação dele na compra do dossiê. Dez dias depois desta operação, no dia 15 de setembro, os petistas Gedimar Passos e Valdebran Padilha foram presos em São Paulo com R$ 1,75 milhão que seria usado para comprar um dossiê contra políticos tucanos. Freud foi inicialmente citado por Gedimar como o mandante da operação. Também CPI dos Sanguessugas, que apura o escândalo da máfia das ambulâncias, aprovou na última terça-feira a convocação do ex-assessor de Lula para depor. A data de seu depoimento ainda não foi marcada, mas deverá acontecer depois do segundo turno das eleições presidenciais. Este texto foi completamente alterado às 17h24 por conta de informações incorretas