RISCOS
Os produtores temem que o período prolongado de seca tenha implicações para o potencial da nova safra de soja do Estado, que segundo estimativa feita em agosto pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) deverá atingir um recorde de 27,7 milhões de toneladas.
Para Alex Utida, o atraso no plantio prejudicará o rendimento das plantas.
"A genética das variedades que usamos alcança o máximo da sua produtividade se for feito plantio no mês de outubro", disse.
A colheita poderá avançar até abril, algo muito incomum em Mato Grosso, ressaltou Carlos Simon, de Lucas do Rio Verde.
"Pega o período crítico de ferrugem asiática lá na frente... A incidência de ferrugem será maior do que na soja colhida no início da safra. Vai ter mais custo de fungicidas", disse o agricultor.
Na avaliação dos produtores, outro problema deverá ser a janela para o plantio de uma segunda safra de milho, logo após a colheita da soja. Com o atraso, dizem, já há muitos indicativos de que serão perdidas as condições ideais para a semeadura do cereal.