Corpo do ex-ator Guilherme de Pádua é sepultado em Belo Horizonte

Condenado pela morte da atriz Daniella Perez em 1992, ele era pastor em igreja da capital mineira. Pádua foi vítima de um infarto na noite deste domingo

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Por Aline Reskalla

O corpo do ex-ator Guilherme de Pádua, de 53 anos, foi enterrado na tarde desta segunda-feira, 7, em Belo Horizonte, 30 anos após ele ter assassinado a atriz Daniella Perez, então com 22 anos. Pádua morreu de infarto aos 53 anos, na noite de domingo, em seu apartamento, em Belo Horizonte.

O ex-ator ficou famoso ao matar brutalmente Daniela em 1992. Na época, os dois atores atuavam como par romântico na novela De Corpo e Alma, da Globo, de autoria da mãe de Daniella, Glória Perez.

O crime gerou uma grande comoção nacional, que foi resgatada recentemente com o lançamento da série Pacto Brutal - O Assassinato de Daniella Perez, da HBO, que revela detalhes até então desconhecidos sobre a investigação.

Dezenas de pessoas foram se despedir do pastor, a maioria de familiares e amigos da igreja Foto: Youtube

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Pelo crime, Pádua foi condenado a 19 anos e seis meses de prisão, tendo cumprido sete em regime fechado.

Sem nada mais a dever à Justiça, Guilherme tentou reconstruir sua vida como pastor da igreja evangélica que frequentava, na Lagoinha, a mesma onde foi velado nesta segunda-feira.

Nesse mesmo local ele foi visto pela última vez com vida, horas antes de morrer, em uma celebração na manhã de domingo, 6.

Dezenas de pessoas foram se despedir do pastor, a maioria de familiares e amigos da igreja, em uma cerimônia fechada. Por volta de 13h30, o corpo deixou o local, sob aplausos dos presentes, e foi levado para o Cemitério Parque da Colina, onde foi sepultado.

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A informação da morte foi divulgada na noite de domingo pelo fundador da Igreja Batista da Lagoinha, Márcio Valadão.

Em uma nota compartilhada pelo pastor, a igreja lamentou a morte. “Com 53 anos recém completados no último dia 2 de novembro, Guilherme compunha o time pastoral da Lagoinha desde sua ordenação, em 2017, liderando o ministério Recomeço, que atua dentro e fora dos presídios da capital mineira e região metropolitana. Antes disso, já havia sido acolhido como ovelha e servia como voluntário nas mais diversas áreas, sempre lidando com os desprezados e marginalizados”, diz a instituição.

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