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Uma lágrima para Lévi-Strauss

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Por danielpiza
Atualização:

Os livros de Claude Lévi-Strauss, que morreu antes de completar 101 anos, são tão abrangentes e originais que mesmo quem discordasse de seu estruturalismo era obrigado a concordar que tinham a estatura dos clássicos. Tristes Trópicos (1955), O Cru e o Cozido (1964) e História de Lince (1991), principalmente, são fascinantes. No domingo me referi também aos seus belos ensaios de Olhar Escutar Ler (1993), sobre artistas como Poussin, Rameau e Rimbaud. Ele estudou caduvéus, bororos e nambiquaras no Brasil e concluiu que havia uma diferença entre os povos ameríndios e os indo-europeus - um desses achados que valem uma vida inteira. O estruturalismo para ele era uma busca científica das configurações antropológicas, não um sistema que exalta o relativismo absoluto e a ausência de condicionantes genéticas. Mas este é um debate sem fim. Suas descrições e interpretações é que ficarão para sempre.

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