Estava tudo preparado para uma grande e festiva viagem internacional. "Vamos invadir Madrid e pintar o estádio Vicente Calderón de VERDE E BRANCO", estampava a capa da revistinha de oito páginas direcionada aos torcedores palmeirenses. Um ano depois de assistir ao arqui-rival Corinthians conquistar o primeiro campeonato mundial de clubes organizado pela Fifa, o Palmeiras já arrumava as malas para tentar realizar o sonho de sagrar-se campeão do mundo. O Mundial de Clubes na Espanha seria realizado de 28 de julho a 12 de agosto de 2001, mas a falência da ISL, empresa parceira da Fifa, fez o sonho do clube virar um pesadelo.
Depois de, num lance de esperteza e ingenuidade dos dirigentes palmeirenses, ceder vaga a que teria direito no primeiro Mundial de Clubes disputado no Brasil para o Vasco, o time alviverde ficou a ver navios quando o torneio na Espanha foi cancelado a apenas dois meses de seu início.
O material promocional produzido pelo clube com agências de viagens parceiras dá uma noção de quão grande era a expectativa palmeirense com a competição. O time pretendia, 50 anos depois de conquistar a mítica e polêmica Taça Rio, o primeiro Mundial de Clubes da História, colocar seu nome como uma das grandes forças do futebol mundial para as novas gerações.
Para acalmar os dirigentes palmeirenses, a Fifa indenizou o clube em US$ 750 mil. O então técnico Luiz Felipe Scolari resumiu numa frase o sentimento da torcida palmeirense com o drible tomado da Fifa: "Estou me sentindo roubado".
Férias frustradas - Veja abaixo as páginas da revista preparada pelo Palmeiras com as agências de turismo para vender os pacotes de viagem aos torcedores palmeirenses: