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Eleição na Câmara opõe PSDB e DEM

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Por Eduardo Reina

Vereadores da base aliada do prefeito Gilberto Kassab (DEM) disputam vagas na nova Mesa Diretora da Câmara Municipal, que será eleita hoje em sessão extraordinária. Parlamentares do PSDB e do Democratas querem a 2ª vice-presidência. Parece pouco um vereador brigar para ocupar um posto que tem denominação de terceiro grau na hierarquia do maior parlamento municipal do Brasil. Mas não é. A disputa provocou stress entre os parlamentares. A Câmara de São Paulo terá um orçamento de R$ 310,5 milhões em 2008. Os integrantes da Mesa Diretora têm direito a mais funcionários, salas, telefone e principalmente cuidam dos contratos do Legislativo. A chapa começou a ser definida há dois meses pelo Centrão, formado por PMDB, PR, PP, PTB, PSB, PDT e PV, juntamente com o PT e o DEM. O PSDB só se juntou agora às negociações. Acordo, que estava sendo fechado na noite de ontem, manteve Antonio Carlos Rodrigues (PR) e Adilson Amadeu (PTB) como presidente e primeiro vice-presidente. Para esses cargos não houve brigas. Mas a definição do segundo vice-presidente causou muita discussão. Hoje o posto é ocupado por Gilson Barreto (PSDB). Os tucanos indicaram Claudinho e Juscelino Gadelha. Mas o atual segundo-secretário, Milton Leite (DEM), também quer o cargo. Leite era do PMDB, mudou para o partido de Kassab e ganha espaço na bancada situacionista. Foi o relator do projeto do orçamento 2008 e relatará as emendas apresentadas pelas bancadas e vereadores. "Já tinha o acordo da reeleição. O PSDB está chegando agora e quer a primeira secretaria ou a primeira vice-presidência. Não é assim", disse um integrante do Centrão. Outro parlamentar do grupo afirmou que o nome que os tucanos indicarem será aceito. "O problema é o cargo que eles querem ocupar." A primeira secretaria, hoje nas mãos do PT, com José Américo, ficará com outro petista, Antonio Donato. As duas suplências continuarão com partidos pequenos que compõem o Centrão. Hoje são suplentes Jorge Borges (PP) e Noemi Nonato (PSB). Os dois novos nomes estavam sendo definidos na noite de ontem e poderiam ser de parlamentares de PV, PSB ou PP. As negociações também visam a acomodar os partidos nas presidências das 15 comissões da Casa. Na corregedoria da Câmara, Wadih Mutran (DEM) pode ser reeleito. Em dezembro de 2006, com o apoio de 48 dos 55 parlamentares - incluindo PT, PSDB e DEM -, Rodrigues foi eleito presidente. Na época, quatro vereadores tucanos não votaram no republicano: Gilberto Natalini e William Woo (atual deputado federal), que faltaram, e José Aníbal (hoje deputado federal) e Tião Farias, que entraram em plenário após a votação e anunciaram apoio sem que seus votos fossem contabilizados. A composição entre Centrão e PT elegeu Roberto Tripoli (PV) chefe do Legislativo em 2005 e 2006. Em 2005, quando o prefeito era José Serra (PSDB), o vereador José Aníbal esperava ser indicado para a presidência da Casa. O que não ocorreu.

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