Escola ensina às crianças que elas podem escolher seu gênero, diz papa

Afirmação, em tom de lamento, foi feita em conversa privada com bispos da Polônia; para Francisco, há hoje a 'aniquilação do homem como imagem de Deus'

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Por Redação
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CIDADE DO VATICANO - Em conversa privada com bispos da Polônia, o papa Francisco lamentou o fato de, segundo ele, as escolas ensinarem às crianças que é possível escolher seu gênero. "Uma colonização - eu vou dizer isso claramente com nome e sobrenome - é o gênero. Hoje as crianças - as crianças! - na escola se ensina isso: que cada um pode escolher o sexo", afirmou o pontífice. A transcrição do encontro foi divulgada nesta terça-feira, 2, pelo Vaticano.

Ao falar sobre a situação dos refugiados na Europa, o papa falou que a origem do problema é "a exploração das pessoas". Ao concluir suas reflexões, afirmou que vivemos em um momento de "aniquilação do homem como imagem de Deus". 

Criança usa camiseta de agradecimento ao papa Francisco em audiência semanal na Sala São Paulo, no Vaticano Foto: EFE

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Segundo Francisco, por trás disso há uma "colonização ideológica" em andamento em diversos países na Europa, América Latina, África, nos Estados Unidos e em países asiáticos. "E por que ensinar isso (que o gênero pode ser ensinado)? Porque os livros são daquelas pessoas e instituições que lhe dão dinheiro. É a colonização ideológica, também apoiada pelos países influentes. E isso é terrível."

Francisco também disse que conversou sobre isso com o papa Bento XVI, que o antecedeu, que afirmou que a atual época é "a era do pecado contra Deus, o Criador". Ele aconselhou aos bispos que pensassem sobre as declarações de Bento XVI.

Ao concluir seu pensamento, retomou a questão dos refugiados na Europa. "Então, você me dirá: E o que isso tem a ver com os imigrantes?. É um pouco do contexto, sabe? No que diz respeito aos migrantes, direi que o problema está lá, na terra deles. Mas como podemos recebê-los? Todos têm de ver como. Mas nós podemos ter um coração aberto e pensar em ter uma hora com eles na paróquia, uma hora por semana, de adoração e oração pelo imigrante. A oração move montanhas."

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