Depois de um dia de silêncio, o governo do presidente em exercício Michel Temer escalou o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para repudiar o estupro coletivo de uma adolescente de 16 anos no Rio. O caso gerou revolta nas redes sociais depois que um dos agressores divulgou um vídeo com imagens da menina.
Na nota, o ministro diz que o órgão está à disposição da Secretaria de Segurança Pública do Rio para auxiliar nas investigações e que o tema da violência contra mulher vai ser discutido na próxima terça-feira em uma reunião com os secretários de Segurança do País.
"O estupro representa a maior violência à dignidade da mulher e deve ser duramente reprimido", diz o texto.
Na quinta-feira, 26, a presidente afastada Dilma Rousseff se manifestou sobre o caso nas redes sociais. Temer,por enquanto, não fez nenhuma manifestação pública.
A adolescente de 16 anos disse, em depoimento a policiais da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), da Polícia Civil do Rio, que foi atacada por 33 homens armados de fuzis e pistolas. Ela contou que, no último sábado, 21, fora visitar o namorado no morro do Barão, na Praça Seca, zona oeste carioca, e só lembra de ter acordado, no dia seguinte, “dopada e nua”, em uma casa desconhecida, cercada pelos agressores.
De acordo com o Jornal Nacional, da TV Globo, quatro homens já foram identificados e tiveram a prisão preventiva pedida: Marcelo Miranda, Michel Brasil, Lucas Santos e Raphael Belo. Dois deles publicaram as imagens na internet e outro aparece no vídeo divulgado nas redes sociais.