BELO HORIZONTE - O governo de Minas Gerais criou uma força-tarefa para avaliar o impacto do rompimento das barragens da Samarco em Mariana no meio ambiente e na população. Participam do grupo representantes das secretarias de estado de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, Meio Ambiente, Coordenadoria de Defesa Civil, Advocacia Geral do Estado (AGU), Instituto Mineiro de Gestão de Águas (Igam) e Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig).
Também fazem parte os prefeitos de Mariana, Governador Valadares, Ipatinga, Rio Doce, Belo Oriente e Tumiritinga, as quatro últimas cortadas pelo Rio Doce, contaminado pela lama que vazou com o rompimento das barragens. O decreto criando o grupo foi publicado no Diário Oficial do Estado deste sábado, 21. O texto prevê a participação de representantes de outros municípios, caso seja necessário.
A força-tarefa terá de levantar dados, emitir relatórios, apresentar conclusões e propor medidas corretivas e restauradoras sobre danos humanos, ambientais e materiais decorrentes do desastre em Mariana. O grupo tem 60 dias para apresentar o relatório final ao governador. “A proposta é centralizar as demandas e evitar a fragmentação de iniciativas e ações que poderiam enfraquecer o efeito das medidas”, afirma o secretário Tadeu Martins Leite, responsável pela pasta de Desenvolvimento Regional.
Protesto. Cerca de 300 pessoas, conforme a Polícia Militar, fizeram manifestação contra a Samarco no sábado na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Com faixas e cartazes contra a mineradora, o grupo fez caminhada entre a Praça Afonso Arinos, e o Memorial da Vale, controladora da Samarco juntamente com a anglo-australiana BHP Billiton, na Praça da Liberdade.