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‘Não é hora de sobrevoos’, diz Eduardo Leite sobre resgate após chuvas no Rio Grande do Sul

Governador se reuniu com o presidente Lula e representantes das Forças Armadas para articular ações no Estado

Por Leonardo Zvarick
Atualização:

Em meio aos temporais que atingem o Rio Grande do Sul nesta semana semana, o governador Eduardo Leite (PSDB) afirmou nesta quinta-feira, 2, que a crise exige “sintonia” entre o Estado e as Forças Armadas e disse que “não é hora de sobrevoos” para verificar a extensão das áreas afetadas, mas de focar no resgate de vítimas.

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Leite também agradeceu a mobilização do governo federal - o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu verbas para que o Estado se recupere das enchentes e disse que vai liberar recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para obras em encostas.

“Não é momento apenas de sobrevoos, mas de articulação de todos para salvar vidas. As aeronaves precisam estar focadas nos resgates. Precisamos somar todos os esforços”, disse Leite em publicação no X (antigo Twitter).

O Estado já registrou 13 mortes em decorrência dos temporais. O número de desaparecidos permanece em 21, incluindo dois desaparecidos após o deslizamento de terra em São Vendelino na tarde de terça-feira, 30.

Área alagada na cidade de Encantado, no Rio Grande do Sul, às margens do Rio Taquari Foto: Diego Vara

Segundo o governador, além de aeronaves de forças estaduais, helicópteros enviados pelo governo de São Paulo já estão sendo utilizados nos resgates. Leite trata estas enchentes como o “pior desastre climático” do Estado, que vem sofrendo com sucessivos eventos extremos.

“A gente não vai permitir que faltem recursos para que a gente possa reparar os danos causados”, disse Lula, que falou em Santa Maria (RS), em uma das regiões mais castigadas pelo temporal. No ano passado, o petista foi alvo de críticas quando deixou de visitar o Rio Grande do Sul após a passagem de um ciclone acompanhado de chuvas, o que deixou pelo menos 41 mortos.

Lula viajou à cidade pela manhã, acompanhado da primeira-dama Janja e de comitiva com seis ministros e o comandante do Exército.

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Em vídeo publicado em suas redes sociais na tarde anterior, o presidente disse que o Ministério da Defesa disponibilizou oito helicópteros para serem usados nos resgates, e que enviaria “quantos homens forem necessários” para ajudar nos trabalhos.

As chuvas intensas deixaram mais de 5 mil desalojados, afetando 134 municípios gaúchos - o que levou à declaração de estado de calamidade pública pelo governador Eduardo Leite. A previsão é de que a precipitação forte siga para Santa Catarina nos próximos dias.

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