A Delegacia de Homicídios de Curitiba identificou a suspeita de ter entregue chocolate envenenado a uma adolescente, no dia 12, como sendo Margareth Aparecida Marcondes, de 45 anos, moradora em Joinville (SC). Em razão do veneno, quatro adolescentes precisaram de internamento hospitalar, mas todos já estão em casa. A suspeita está desaparecida e a polícia não descarta que possa ter sido sequestrada ou mesmo estar morta. Na quinta-feira, a polícia catarinense encontrou muito sangue espalhado por sua casa e o marido da acusada estava ferido gravemente. Ele está internado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital de Joinville.De acordo com o delegado de Homicídios de Curitiba, Rubens Recalcatti, Margareth faz doces e já teria sido contratada para organizar a festa de 15 anos de uma das adolescentes. A princípio, a polícia não teria desconfiado dela, em razão de a família da menina ter dito que eram amigos e achado que ela não teria motivos para enviar os brigadeiros envenenados. Mas, no decorrer das investigações, alguns elementos conduziram para ela, que esteve circulando, naquele dia, pela região do Shopping Pinheirinho, onde a caixa foi entregue a um taxista para levar ao endereço da adolescente.Na casa em que ela mora, em Joinville, foram encontrados um óculos escuro e uma blusa verde semelhante à usada pela mulher que entregou os chocolates ao taxista. Segundo Recalcatti, o veneno foi identificado preliminarmente como o inseticida terbufos, que é muito agressivo, e não o chumbinho, um veneno para ratos, apesar de essa hipótese não estar totalmente afastada. Na casa foi encontrado um pacote do chumbinho. O carro da mulher suspeita também está desaparecido. O delegado acentuou que a motivação da tentativa de homicídio somente será esclarecida após a mulher ser encontrada.
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