Qual é o nível atual do Guaíba, que inunda Porto Alegre? Ruas seguem tomadas pela água

Maior enchente já registrada no lago deve persistir; diferentes bairros da capital gaúcha foram esvaziados

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Por Leonardo Zvarick
Atualização:

O atual nível das águas do Lago Guaíba, que inundam as ruas de Porto Alegre, é de 5,04 metros, de acordo com medição feita pela Agência Nacional de Águas (ANA), às 8h15 da manhã desta quinta-feira, 9. A altura das águas chegou a ser levemente mais baixa na noite de quarta, mas voltou a apresentar leve aumento em função da chuva que atingiu a capital gaúcha ao longo da tarde. O nível ainda está muito acima dos 3 metros da cota de inundação, quando as águas começam a causar danos à cidade.

Segundo pesquisadores, a inundação do Guaíba - a maior já registrada - deve persistir por tempo indeterminado na região metropolitana, diante da previsão de temporais intensos em grande parte do território gaúcho nos próximos dias.

Estádio Beira Rio, às margens do Guaíba, tomado pela enchente que atinge Porto Alegre Foto: Carlos Macedo/AP

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O Guaíba recebe as águas de diferentes bacias hidrográficas afetadas pelos temporais, como Taquari e Caí, e enche toda vez chove forte na região central ou noroeste do Estado.

A cheia, porém, nunca foi tão grave - o recorde anterior, de 1941, era de 4,76 metros. Nas últimas décadas, segundo a agência MetSul, a cota de inundação só foi ultrapassada em três ocasiões: em setembro de 1967 (3,11 metros), setembro de 2023 (3,18 metros) e novembro de 2023 (3,46 metros).

Diferentes bairros de Porto Alegre foram esvaziados em razão da enchente, e as autoridades pedem racionamento de água aos moradores. A indicação é que o consumo envolva apenas o essencial, já que as estações de tratamento que atendem o município estão funcionando com capacidade reduzida.

Afetados ainda pelo desabastecimento nos supermercados e falta de energia elétrica, moradores têm partido em massa para cidades menos atingidas pelo evento climático.

Em todo o Estado, o temporal já deixou ao menos 100 mortos e 128 estão desaparecidas. Cerca de 160 mil pessoas estão desalojadas e 66 mil recebem acolhimento em abrigos públicos.

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