Sâmia Bomfim cobra investigação do assassinato do irmão na Barra da Tijuca; ‘Devastada’

Deputada cobrou apuração para identificação e prisão dos executores. Diego Ralf Bomfim foi uma das três vítimas de um ataque na madrugada desta quarta-feira em um quiosque do Rio

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Foto do author Marco Antônio Carvalho
Por Renata Okumura , Marcio Dolzan e Marco Antônio Carvalho
Atualização:

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) cobrou em nota a “imediata e profunda investigação” do assassinato do seu irmão, o médico Diego Ralf Bomfim, atacado a tiros junto com outros dois colegas nesta madrugada na Barra da Tijuca. A manifestação foi divulgada por nota da também deputada Fernanda Melchionna, delegada por Sâmia a falar sobre o caso.

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“Queremos agradecer todas as mensagens de solidariedade e apoio, que vieram de todos os lugares. Evidentemente, Sâmia está devastada nesse momento terrível de perda e dor, assim como o seu companheiro Glauber Braga, que a acompanha neste momento”, detalhou Fernanda.

“Foi um crime bárbaro e a gente quer apuração. A gente já entrou em contato com o Ministério da Justiça para que a Polícia Federal possa acompanhar a apuração desse crime. E a gente espera que tenha resposta o mais rápido possível”, disse Sâmia à TV Globo ao chegar em Presidente Prudente, onde moram os pais da parlamentar.

Médicos foram atacados em quiosque da Barra da Tijuca Foto: Polícia Civil-RJ/Divulgação

Durante a entrevista, Sâmia agradeceu as mensagens de carinho que tem recebido e lembrou com carinho do irmão. Segundo ela, Diego era uma pessoa “linda” e carinhosa.

“Era a pessoa mais linda do mundo. Íntegro, inteligente, dedicado. Absolutamente carinhoso com todo mundo. Nunca fez mal pra ninguém. Pelo contrário, ele só orgulhava a nossa família” , disse.

Sâmia chegou a Presidente Prudente acompanhada do marido e também deputado federal, Glauber Braga (PSOL-RJ). A parlamentar comentou ainda a respeito da dificuldade enfrentada pelos pais para conseguir financiar os estudos do irmão, que era bolsista.

“E é absolutamente injusto e cruel tudo que aconteceu com ele, com a nossa família e os nossos pais”, lamentou.

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Pelas imagens divulgadas pela imprensa, tudo indica que se trata de uma execução, acrescenta a nota. “Exigimos imediata e profunda investigação para descobrir as motivações do crime, assim como a identificação e prisão dos executores.”

Profissionais participariam de congresso nesta quarta-feira em hotel que fica em frente a quiosque, na Barra da Tijuca Foto: Pedro Kirilos/Estadão

Diego Ralf Bomfim foi um dos três médicos assassinados nesta madrugada. Marcos de Andrade Corsato e Perseu Ribeiro Almeida também morreram no local. Por meio das redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que recebeu com grande tristeza e indignação a notícia da execução dos médicos na orla da Barra da Tijuca. Ele citou que a Polícia Federal está acompanhando o caso.

Conforme informações da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, uma quarta vítima foi socorrida para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca. A direção da rede hospitalar informou que o estado de saúde de Daniel Sonnewend Proença permanece estável.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse ter determinado à Polícia Federal “que acompanhe as investigações sobre a execução de médicos no Rio” em face da hipótese de relação com a atuação de dois parlamentares federais. Sâmia é companheira do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ).

Em nota, o Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) afirma que recebeu com consternação a notícia do falecimento de Marcos de Andrade Corsato, médico assistente dedicado e atuante do grupo de Tornozelo e Pé da instituição, bem como dos ex-residentes Diego Ralf Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida.

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