RIO - Por volta das 21h15, a pouco mais de uma hora do início das apresentações das escolas de samba do Rio, a Justiça autorizou o desfile na Marquês de Sapucaí, segundo a prefeitura. Emitida pelo juiz responsável pelo plantão judiciário, a decisão considerou que "todos os envolvidos atestam e se responsabilizam pela segurança dos espectadores, jurados, trabalhadores e integrantes das escolas de samba" e que "todas as determinações da decisão judicial (que exigia vistoria do sambódromo e assinatura do termo de compromisso) foram devidamente atendidas".
Nesta sexta, deverão passar pelo sambódromo sete escolas de samba do grupo de acesso. A primeira apresentação, da Unidos da Ponte, está marcada para as 22h30.
Nesta quinta, véspera do início oficial do carnaval, o Ministério Público do Rio (MP) pediu a interdição do Sambódromo. A alegação era de que não havia segurança para os frequentadores, especialmente em relação ao risco de incêndios. A Passarela do Samba não tem certificado de aprovação dos bombeiros. A ação foi ajuizada na 1.ª Vara de Fazenda Pública, que determinou vistoria nesta sexta.
No início da noite desta sexta, ainda havia incertezas sobre a realização dos desfiles. A Justiça do Rio informava, até as 20h30, que não haviam sido entregues todos os documentos necessários para a liberação do sambódromo. O público, porém, começava a ocupar as arquibancadas da Sapucaí desde as 19h30.
O presidente da Empresa Municipal de Turismo do Rio de Janeiro (Riotur), Marcelo Alves, afirmou mais cedo que foram atendidas todas as exigências do judiciário para autorizar o uso do sambódromo a partir desta noite. "Eu assinei o termo de compromisso, assim como a Liga das Escolas de Samba, e os bombeiros fizeram a vistoria e autorizaram. Já informamos à Justiça, e no nosso entendimento a situação está resolvida", afirmou Alves.
Ele esteve no sambódromo para, em nome do prefeito Marcelo Crivella (PRB), entregar o que chamou de "chave do carnaval" ao rei Momo, cerimônia que se repete desde a década de 1970 e marca a abertura simbólica do carnaval no Rio. Crivella, pastor licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, tem transferido a subordinados a responsabilidade pela entrega da peça que anteriormente era chamada de chave da cidade.