Amor de homem por automóvel não tem senso de ridículo, ou seja, só encontra concorrente à altura na paixão desmedida do brasileiro pelo seu time de coração. Mulher nenhuma sobrevive a tantos dissabores com o parceiro. O carro enguiça, bate, bebe, é roubado, multado, rebocado, bolinado por flanelinhas e manobristas, arranhado, quando não arrastado em dias de enchente.
Todo motorista passa dentro do carro os momentos mais aborrecidos de seu dia, seja na rotina dos engarrafamentos ou na busca por estacionamento, mas nada disso abala o encantamento do cara que é doido por automóvel. Quando chega ao ponto de gostar até do ronco da máquina, aí não tem mais jeito. Ainda bem que ele vai sair sozinho neste fim de semana. Aproveite para ir ao cinema, amiga!