Enquanto a Via Láctea nos mostra como o universo “local” é agora, estas microondas cósmicas que tingem a imagem ao redor - resquícios da grande explosão - podem mostrar como o universo foi nos tempos de sua criação. Antes, não havia nem estrelas nem galáxias. A partir das imagens da missão Planck, pesquisadores podem chegar mais perto do que aconteceu nos primórdios de tudo a partir do padrão deste fundo manchado.
O padrão de microondas é a marca digital do cosmo a partir do qual os aglomerados e superaglomerados de galáxias foram formados. As diferentes cores representam diferenças mínimas de temperatura e densidade de matéria no universo. De alguma maneira, estas pequenas irregularidades evoluíram a regiões mais densas, que hoje são as galáxias.
O telescópio Planck faz uma verredura de todo o céu. Entretanto, o que está "escondido" em suas imagens pode ser desvendado digitalmente para que astrônomos consigam ver o fundo de microondas na sua totalidade. A grande expectativa é de que esta "fotografia" consiga revelar a assinatura cósmica primordial de um período chamado de inflação - uma era que teoricamente ocorreu logo após o Big Bang e que resultou na drástica expansão do universo em um período muito curto.
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