No primeiro ano de vida, a menina teria desenvolvido um coágulo no vaso sanguíneo que leva o sangue do intestino para o fígado, deixando-a suscetível a sangramentos internos. A cura estaria no direcionamento correto do sangue de volta ao fígado. Em condições ideias, a cirurgia poderia ser realizada usando vasos de outras partes do corpo, mas um transplante do fígado poderia se tornar necessário - o que envolve tratamento vitalício com a administração de imunossupressores.
A equipe utilizou vasos sanguíneos de uma doadora morta e os trataram quimicamente para remover todo o RNA e DNA, deixando apenas o tecido de suporte. Células-tronco foram obtidas da medula óssea da menina e adicionadas a ele, o que fez crescer um novo vaso sanguíneo em apenas quatro semanas. Pelo fato das células pertencerem à própria garota, não há risco de rejeição.
O resultado mostra que é possivel criar novos vasos sanguíneos com a utilização de células-tronco do paciente e um tecido de apoio, abrindo as portas para a recriação de outros órgãos também. "Isto poderia ajudar, entre outros, pacientes que necessitam de diálise ou cirurgia das artérias coronárias", afirma Michagel Olausson, chefe do departamento de transplante e cirurgia do fígado do hospital da Universidade de Sahlgrenska.