O Egito expôs neste domingo, 4, o sarcófago de ouro do jovem faraó egípcio Tutancâmon, que está sendo restaurado pela primeira vez desde que foi descoberto, em 1922. A restauração deve durar cerca de oito meses. O trabalho de restauração começou em meados de julho, depois que o sarcófago de três níveis foi transferido para o novo Grande Museu Egípcio no Cairo.
"Estamos mostrando um artefato histórico único, não apenas para o Egito, mas para o mundo", disse numa coletiva de imprensa o ministro de Antiguidades, Khaled El- Enany, no novo museu, que tem vista para as famosas pirâmides de Gizé.
O caixão dourado daquele que se tornou o "menino faraó" será exibido junto com outros objetos de Tutancâmon no final do ano que vem, quando o novo museu egípcio abrir ao público.
O sarcófago de madeira dourada, de 2,23 metros, é cuidadosamente decorado com uma imagem de Tutancâmon segurando os atributos dos faraós, o cetro e o chicote, de acordo com o ministério.
No século passado, o sarcófago "apresentou rachaduras na cobertura dourada de gesso, especialmente na tampa e na base". O famoso arqueólogo britânico Howard Carter descobriu a tumba do 18º rei da dinastia em Luxor em 1922. A anúncio deste domingo ocorreu depois que o Egito solicitou à Interpol que localizasse o busto de Tutancâmon, no começo de julho, que foi leiloado em Londres por seis milhões de dólares.
Quem foi Tutancâmon?
A máscara dourada de um rosto jovem e sério é provavelmente o artefato da antiguidade mais famoso do mundo. O faraó egípcio Tutancâmon chegou ao comando com apenas 9 anos e governou por outros dez antes de morrer. O período é considerado um dos mais prósperos da história da região. As causas da sua morte são cercadas de mistério, pois as razões variam de um assassinato até a morte em decorrência de uma infecção.
A euforia científica em torno de Tutancâmon se deve em parte à localização da sua tumba, estrutura que foi encontrada intacta em 1922 pelo arqueólogo britânico Howard Carter. Além do corpo, foram encontrados no local 5.398 itens da época, já que a tradição apontava que os objetos seriam necessários numa nova vida.