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Nobel de Física: lembre os premiados nos últimos anos e outras curiosidades do prêmio

Prêmio é entregue desde 1901, quando a láurea passou a ser concedida; estudiosos da tecnologia quântica receberam a homenagem em 2022

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Por Roberta Jansen

O prêmio Nobel de Física vem sendo entregue desde 1901, quando a láurea teve início, seguindo as diretrizes deixadas postumamente no testamento do químico e inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896). Desde 1901, 116 prêmios de Física foram entregues para 222 cientistas (os prêmios podem ser compartilhados por até três indivíduos).

O prêmio de Física do ano passado foi concedido aos cientistas Alain Aspect, John F. Clauserand e Anton Zeilinger pelos trabalhos conduzidos de forma independente “que lançaram as bases para uma nova era da tecnologia quântica”, nas palavras do comitê organizador do prêmio. As pesquisas abriram caminho para uma nova geração de computadores e sistemas de criptografia invioláveis.

O casal de cientistas ganhou junto o Prêmio Nobel de Física por descobrir a radioatividade, em 1903. Três anos depois, Pierre morreu e sua mulher continuou os estudos, sendo premiada com o Nobel de Química. Ela foi a primeira mulher a ganhar o prêmio e a primeira a ser admitida como docente na Universidade de Sorbonne. Foto: Reprodução/ YouTube

Dos 225 cientistas que receberam o Nobel de Física, apenas quatro eram mulheres. A mais famosa delas é Marie Curie, que recebeu o prêmio em 1903, por suas pesquisas sobre o polônio. Ela receberia também um Nobel de Química em 1911.

Conheça outros premiados com o Nobel de Física nos últimos cinco anos:

2022 – Tecnologia Quântica

O prêmio de Física do ano passado foi concedido aos cientistas Alain Aspect, John F. Clauserand e Anton Zeilinger pelos trabalhos conduzidos de forma independente “que lançaram as bases para uma nova era da tecnologia quântica”, nas palavras do comitê organizador do prêmio. As pesquisas abriram caminho para uma nova geração de computadores e sistemas de criptografia invioláveis.

2021 – Mudanças Climáticas

Há dois anos, o prêmio foi dado a Syukuro Manabe, japonês radicado nos EUA; Klaus Hasselman, da Alemanha; e Giorgio Parisi, da Itália. Os dois primeiros foram reconhecidos por suas contribuições aos estudos das mudanças climáticas, nas palavras do comitê, “pela modelagem física do clima da Terra e por terem quantificado a variabilidade de forma confiável”. Já o teórico Parisi foi laureado por ter contribuído significativamente à teoria dos sistemas complexos.

Na tela: Arthur Ashkin, Donna Strickland e Gerárd Mourou, vencedores do Nobel de Física 2018 Foto: Hanna Franzen/AFP

2020 – Buracos negros

Andrea Ghez, dos EUA, Reinhard Genzel, da Alemanha, e Roger Penrose, do Reino Unido levaram o prêmio de Física em 2020 por suas pesquisas sobre os buracos negros na Via Láctea. Os dois primeiros foram responsáveis por comprovar a existência de um buraco negro supermassivo no centro da nossa galáxia, enquanto Penrose foi agraciado por seus métodos matemáticos que relacionam a existência dos objetos às teorias de Albert Einstein.

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2019 – Planeta extrasolar e a busca por vida alienígena

Didier Queloz e Michel Mayor, da Suíça, e James Peebles, canadense radicado nos EUA, foram reconhecidos por suas contribuições para a descoberta do primeiro planeta fora do Sistema Solar que orbita uma estrela semelhante ao Sol. Suas pesquisas buscam também determinar se existe vida em algum outro lugar do Universo.

2018 – Laser e Feixes de Luz

O prêmio foi para Arthur Ashkin, dos EUA, Donna Strickland, do Canadá, e Gérard Mourou, da França, “por abrirem caminho para os pulsos de laser mais intensos já criados pela Humanidade”. Ashkin criou ‘pinças ópticas’ com feixes de luz que conseguem capturar partículas, vírus e células. Já a dupla Mourou e Strickland elaborou uma técnica para a obtenção de laser de alta intensidade, muito usada em cirurgias oculares.

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