Com a crescente ambição da Roscosmos por um voo real para Marte, há um lado da missão simulada não tão bem sucedido que parece interessante. Além dos problemas físicos que uma missão longa como essa pode ocasionar - por exemplo, um estudo recente financiado pela Nasa e publicado na revista Ophthalmology mostra que viagens espaciais longas podem afetar a visão dos astronautas - o Mars 500 mostrou que o confinamento também afeta significativamente o lado psicológico dos viajantes.
Psicólogos acompanhando os "cosmonautas" durante os 520 dias de isolamento (e sem as mudanças decorrentes da falta de gravidade) afirmaram que a tripulação composta por seis voluntários apresentou diversos conflitos e "sinais de ciúmes" devido à atribuição desigual de tarefas, afirma o site Discovery News. Ainda segundo o site, nenhum dos participantes teve problemas de saúde além das questões psicológicas (alguns tiveram "ciúme natural" derivado do fato de seus colegas receberem mais mensagens do exterior que eles).
Parece que os desafios para uma possível missão a Marte são muito mais numerosos do que as questões técnicas.