Ultra-ortodoxos judeus são detidos por cartazes contra o papa

Radicais querem que Vaticano devolva documentos que teriam sidos levados da Terra Santa na Antiguidade

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Por Efe
Atualização:

Dois ultra-ortodoxos judeus foram detidos nesta segunda-feira, 11, em Jerusalém, quando estavam com cartazes contra a presença no país do papa Bento XVI, que chegou a Israel em sua primeira visita oficial como pontífice.

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"Os policiais os interrogaram, confiscaram o material que distribuíam e os colocaram em liberdade", informou Rosenfeld.Além disso, dois conhecidos ativistas da extrema direita religiosa israelense, Baruch Marzel e Itamar Ben-Gvir, apresentaram hoje no tribunal de distrito de Jerusalém um processo para que a corte emita uma ordem de expulsão contra o papa.No processo, os extremistas exigem que o pontífice devolva um candelabro (menorah), outros tesouros e milhares de escrituras judaicas que o imperador romano Tito levou quando destruiu o Templo de Jerusalém há quase dois milênios, e que, segundo eles, encontram-se nos porões do Vaticano.Marzel e Ben-Gvir insistiram em que "os rabinos não devem se encontrar com o papa porque a Igreja Católica torturou e assassinou judeus e ajudou os nazistas".Bento XVI chegou hoje a Jerusalém procedente da Jordânia, para uma peregrinação pelos locais sagrados para o Cristianismo em Israel e no território palestino ocupado da Cisjordânia.Nos próximos dias, o papa se encontrará com as autoridades religiosas e políticas locais, rezará nos lugares santos e pronunciará missas na Praça da Manjedoura de Belém, no Monte do Precipício em Nazaré e no Monte das Oliveiras, em Jerusalém.

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