Al Pacino é o próximo Napoleão dos cinemas

O imperador já foi tema de mais de cem filmes e continua inspirando os cineastas. Depois dos recentes As Novas Roupas do Imperador e Monsieur N., é a vez de Patrice Chéreau filmar a vida de Napoleão, com Al Pacino no papel principal

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Por Agencia Estado
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Mais de cem filmes já retrataram o imperador Napoleão Bonaparte, segundo levantamento de 1995. E parece que ainda há muito mais para se falar sobre o personagem que, dizem, levou o diretor Stanley Kubrick à leitura de mais de 500 livros na tentativa - nunca concluída - de acrescentar mais um título à lista. Napoleão está em dois filmes recentes, As Novas Roupas do Imperador, em cartaz no Brasil, e Monsieur N, em exibição na França, e será ainda o tema do próximo filme de Patrice Chéreau, com Al Pacino no papel do imperador. "Há tempos queremos fazer esse filme juntos", disse o diretor ao Estado (leia mais), durante o recente Festival de Berlim, no qual apresentou seu novo filme, Son Frère. O diretor vai se concentrar nos últimos seis meses de vida do personagem, focando seu exílio, na ilha de Santa Helena, com o que dribla muitos problemas que inviabilizaram outros projetos, como o de Kubrick. Além disso, "a vida de Napoleão é fascinante no começo e no fim; o meio é muito chato". Chéreau assegurou que seu filme é perfeitamente viável, com poucos personagens e muitas filmagens em interiores. "Se tiver problemas de orçamento será por causa do salário de Al (Pacino)." Os últimos dias de Napoleão são também o tema de Monsieur N, produzido por Pierre Kubel e Marie-Castille Mention Schaar, com De Caunes na direção. Trata-se de um thriller histórico que tenta iluminar alguns mistérios a respeito de sua morte. O assunto também é abordado em As Novas Roupas do Imperador, do diretor Alan Taylor, com Ian Holm no duplo papel de Napoleão e de seu sósia, Eugene. Quantos novos ângulos admite o personagem Napoleão e o porquê de sua reincidência nos cinemas são outros mistérios. Mas vale lembrar o mais famoso Napoleão da telona. É o clássico de Abel Gance, de 1926, sonorizado em 1931 e remontado em 1955. O filme acumula as críticas de retratar com grandeza um homem que, no fundo, foi monstruoso e sórdido. Para além das críticas, Gance acabou impressionando outro cineasta Francis Ford Coppola, e de tal forma que ele comprou os direitos de exibição, cuidou de sua restauração e o relançou nos cinemas nos anos 80.

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