PUBLICIDADE

Camilla Belle, meio brasileira, é heroína em filme de terror

De apenas 19 anos, pai norte-americano e mãe paulista, a atriz atua praticamente sozinha em Quando um Estranho Chama

PUBLICIDADE

Por Agencia Estado
Atualização:

Em Quando um Estranho Chama, qualquer semelhança com clássicos do cinema do terror não é mera coincidência. O filme, remake do clássico de 1978 Mensageiro da Morte, de Fred Walton, traz a aterrorizante noite de uma adolescente trancada em uma casa à beira de um lago onde vai passar uma noite como baby-sitter. Em vez de ter uma noite tranqüila enquanto as crianças dormem, a babá começa a receber ligações ameaçadoras de um estranho que pode vê-la de todos os lugares. Mas o que mais se destaca no filme, em vez de assustar, encanta. É Camilla Belle, atriz de apenas 19 anos que nasceu nos Estados Unidos, filha de um empresário norte-americano e de uma brasileira, que passa quase todo o filme atuando sozinha, tendo somente um telefone com quem interagir. "Foi muito difícil. Quis me testar e consegui." Curiosamente, Camilla conta que preferiu não assistir ao original. "Além de não querer me influenciar, não gosto muito de filmes de terror porque me assusto facilmente. A primeira vez em que me vi no filme, quase quebrei o dedo da minha mãe, que estava comigo, de tanto medo." A jovem atriz em ascensão nos Estados Unidos faz questão de falar português com a imprensa brasileira e confessa ter vontade de filmar com diretores do Brasil. "Eu sempre passo as férias aí. Adoro passear pelos Jardins e comer feijoada." Enquanto não encontra um papel no mercado nacional, ela trabalha em filmes norte-americanos independentes ao mesmo tempo em que começa a investir em filmes de grande orçamento. "Não faço filmes porque são de arte ou porque dão dinheiro. Faço filmes porque gosto da idéia. Este personagem é especial." Camilla, que começou a ´trabalhar´ aos nove meses como bebê-propaganda, confessa nunca ter estudado artes cênicas. "Aprendi por intuição, com as pessoas com quem trabalhei." Para se preparar para Quando um Estranho Chama, Camilla assistiu a O Iluminado. "Toda vez que tinha de imaginar quem era o tal estranho que ligava, pensava no Jack Nicholson", conta ela, que também passou a treinar corrida. "Meu personagem é uma atleta. Precisava estar de acordo. Acordava cedíssimo todos os dias", diz a garota, feliz com seu primeiro blockbuster. "Acho legal fazer um filme que todas as minhas amigas vão poder assistir. Além disso, é a chance de o público do Brasil me conhecer." Camilla leva mesmo a sério os planos de trabalhar no País e procura acompanhar o cinema nacional. "Aqui vejo poucos filmes brasileiros no cinema, como Cidade de Deus. O resto vejo na TV", conta ela, que tem a Globo internacional em casa. "Minha mãe adora. Tanto que meu nome ela tirou de uma personagem que a Renata Sorrah fazia na novela Cavalo de Aço. Vejo tudo, novelas, telejornais. Assim, sempre sei o que rola", conta. "Gosto do meu lado brasileiro. Por isso, adoraria filmar aí. Quem sabe nas próximas férias", planeja. A esperada viagem ainda vai demorar. A atriz embarcou há pouco para a África, onde filma por três meses a superprodução 10,000 B.C., épico pré-histórico de Roland Emmerich, que esteve à frente de Godzilla e Independence Day. Quando um Estranho Chama (When a Stranger Calls, EUA/ 2006, 87 min.). Terror. Dir. Simon West. 12 anos. Em grande circuito. Cotação: Regular

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.