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Ciclo debate cinema nacional independente

Por Agencia Estado
Atualização:

No quadro da 2.ª Semana Brasil Independentes, começa amanhã (10) no Espaço Unibanco (Rua Augusta, 1.475, em São Paulo) um ciclo de debates que vai até quarta-feira (12) na sala 1, às 21 horas. Excepcionalmente, haverá terça-feira (11), às 11 horas, no anexo (sala 4) do Espaço, um encontro com Elena Villardel, diretora do Ibermedia, Fundo Ibero-Americano de Apoio e Financiamento ao Audiovisual. Elena vai explicar o que é o Ibermedia e como inscrever projetos para receber verbas do fundo. Ela também participa do debate desta noite sobre fontes de apoio e financiamento ao cinema independente. Também estarão na mesa: Sérgio Rezende, diretor de Quase nada, que abriu a 2.ª Semana, na sexta à noite, e Mariza Leão, produtora do filme. Mariza é fera. Foi relatora de um dos melhores grupos - o de distribuição - que se reuniram em Porto Alegre durante o 3.º Congresso Brasileiro de Cinema. Rezende e Mariza têm o que contar. Depois de Canudos e Mauá, dois filmes caros, para os padrões do cinema brasileiro, fizeram Quase Nada, uma produção pequena, barata (e, na verdade, melhor e mais criativa). Terça-feira à noite, deve ocorrer o debate possivelmente mais animado da série. José Carlos Avellar, diretor-presidente da distribuidora Riofilme, Marcelo Tas, jornalista, Luiz Gonzaga de Lucca, do grupo Severiano Ribeiro, e o diretor espanhol Agustí Villaronga, de O Mar, vão discutir as novas tecnologias que estão mudando a face do cinema. Com o título Digital - Tecnologia do Futuro, o painel pretende debater e esclarecer não só como a câmera digital já está mudando os esquemas de produção mas principalmente como vai repercutir na estética, na própria linguagem dos filmes. O assunto está mais quente do que nunca. Houve um seminário no Festival de Cannes deste ano para discutir as novas tecnologias e a própria premiação do festival referendou a conclusão de que algo de novo está se passando no cinema mundial. A Palma de Ouro atribuída a Dancer in the Dark, de Lars Von Trier, sacraliza o novo estilo de fazer cinema, mas ele está longe de ser uma unanimidade. Avellar, por exemplo, um crítico respeitado, vê com as maiores reservas, não a tecnologia digital como expressão do futuro, mas sua utilização no filme de Lars Von Trier, que abomina. Na quarta, o terceiro e último debate reúne os cineastas do módulo Fora de Circuito. Participam Talício Sirino, produtor de Fronteira sem Destino, Afonso Brazza, diretor de No Eixo da Morte, e Simião Martiniano, diretor de A Moça e o Rapaz Valente. Brazza é o bombeiro de Brasília que também é cineasta. Martiniano, camelô que vende discos de vinil nas ruas do Recife, faz filmes de ação, gravados em vídeo, de grande apelo popular.

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