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Diretoras ibero-americanas têm destaque no Festival de Cannes

Exibições em 2021 contarão com trabalho das brasileiras Anita Rocha da Silveira, com 'Medusa', e Jasmin Tenucci, com 'Céu de Agosto'

Por Esther Sanchez
Atualização:

Boa parte dos filmes ibero-americanos que serão exibidos no Festival de Cannes são dirigidos por mulheres, algumas das quais fazem suas estreias, como a espanhola Clara Roquet e a sueco-costarriquenha Nathalie Álvarez Mesén.

Estas são as realizadoras ibero-americanas presentas na mostra:

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Tatiana Huezo

A cineasta de 49 anos, nascida em El Salvador e moradora do México, se fez conhecer pelo documentário El Lugar Más Pequeño (2011), baseado em testemunhos de sobreviventes da guerra civil salvadorenha. La Tempestad (2016), sobre a violência no México, foi apresentado em Berlinale.

Sua primeira ficção, Noche de Fuego, que conta o dia a dia de três meninas que vivem sob a ameaça serem sequestradas, está inclusa na segunda seção mais importante do Festival de Cannes.

Palais des Festivals no 71º Festival Internacional de Cannes na França, em foto de maio de 2018 Foto: Arthur Mola/Invision/AP

Clara Roquet

A espanhola Clara Roquet, de 33 anos, tem trabalhado principalmente como roteirista (Petra, Los Dias que Vendrán). Em 2015, produz seu primeira curta-metragem, El Adiós, que narra como uma empregada doméstica boliviana tenta cumprir os últimos desejos de sua patroa. 

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O trabalho de documentação que teve que fazer para a história foi o ponto de partida de Libertad, incluída na Semana da Crítica, sobre a amizade de dois adolescentes de origem muito diferente. Trata-se de seu primeiro longa-metragem, que também escreveu e dirigiu.

Nathalie Álvarez Mesén

A diretora de origem sueca e costarriquenha, nascida em 1988, tem vários curta-metragens nas costas, alguns dos quais participaram em festivais internacionais, como Filip (2015) e Asunder (2015). Foi aluna na Berlinale Talents e no TIFF Filmmaker Lab. Sua estreia, Clara Sola, projetada na Quinzena dos Realizadores, conta o despertar sexual e espiritual de uma mulher de 40 anos em um povoado remoto da Costa Rica.

Anita Rocha da Silveira

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Com seu segundo longa-metragem, Medusa, um terror que mescla mitologia e realidade, a brasileira Anita Rocha da Silveira, de 36 anos, volta à Quinzena dos Realizadores neste ano, one seu curta-metragem, Os Mortos-Vivos, foi exibido em 2012. Seu filme anterior, Mate-me Por Favor (2015) também do gênero de terror, foi apresentado na Mostra de Veneza.

Dominga Sotomayor

O primeiro filme desta chilena de 36 anos, De Jueves a Domingo (2012), já foi premiado em vários concursos, entre eles o de Roterdã. Seis anos depois, com Tarde Para Morir Joven, sobre uma adolescente que vive em uma pequena comunidade, se transformou na primeira mulher a ganhar o Leopardo de melhor direção no festival de Locarno. 

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É uma dos sete cineastas, incluindo também o iraniano Jafar Panahi e o tailandês Apichatpong Weerasethakul, que assinam o filme coletivo The Year of the Everlasting Storm, sobre a pandemia, projetado nas seções especiais de Cannes.

Jasmin Tenucci

A cineasta brasileira compete pela Palma de Ouro de melhor curta-metragem com Céu de Agosto, em que uma enfermeira grávida atravessa uma crise de ansiedade e se sente atraída pela comunidade da igreja pentecostal.

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