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Harvey Weinstein não voltará a julgamento por acusações pendentes de agressão sexual

Ele já foi condenado a 16 anos em um processo e a 23 anos em outro, todos por agressão sexual

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Por Redação
Atualização:

AFP - O ex-produtor de Hollywood Harvey Weinstein não voltará aos tribunais pelas acusações de agressões sexuais que ficaram pendentes em seu julgamento mais recente em Los Angeles, decidiu a Justiça da Califórnia nesta terça-feira, 14.

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Em fevereiro, o outrora todo-poderoso de Hollywood, de 70 anos, foi condenado a 16 anos de prisão nesse estado por atacar sexualmente uma mulher em um hotel de Beverly Hills há uma década.

Atualmente, Weinstein está cumprindo pena de 23 anos de prisão por outro caso envolvendo crimes sexuais em Nova York. Assim, essa condenação adicional na Califórnia pode fazer com que ele passe o resto de sua vida na cadeia.

No julgamento em Los Angeles, várias mulheres descreveram para a corte que foram atacadas sexualmente por Weinstein. O magnata negou todas as acusações, declarou-se inocente e sua defesa trabalha em apelações em Nova York e Califórnia.

Em dezembro, o tribunal californiano o considerou culpado de atacar uma mulher, mas o absolveu de agressões contra uma segunda. O júri, por sua vez, não chegou a um veredicto em relação às denúncias de outras duas mulheres.

Nesta terça, a juíza Lisa B. Lench decidiu descartar as três acusações pendentes e anunciou que Weinstein não voltará ao banco dos réus, em resposta a um pedido da defesa do ex-produtor.

Harvey Weinstein em um de seus julgamentos Foto: Mary Altaffer/AP

A promotoria já havia informado que não insistiria nas acusações, mas as mulheres solicitaram à Justiça que reconsiderasse as mesmas.

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Comportamento abusivo

Rumores sobre o comportamento abusivo do produtor de Shakespeare Apaixonado e Pulp Fiction circularam como um segredo aberto durante anos em Hollywood.

Seu poderio apenas foi desafiado em 2017, quando fortes acusações contra ele foram publicadas em meios de comunicação, dando início ao movimento #MeToo contra a violência sexual. Dezenas de mulheres passaram então a falar sobre suas experiências traumáticas com Weinstein.

Depois de sua condenação em Nova York em 2020, um julgamento no âmbito civil decidiu pelo pagamento de uma indenização de US$ 17 milhões (cerca de R$ 90 milhões na cotação atual) para algumas das vítimas de Weinstein.

Em fevereiro, a mulher que acusou Weinstein de estuprá-la em um hotel de Beverly Hills também o processou por danos e prejuízos em consequência de agressão sexual, cárcere privado, imposição intencional de sofrimento emocional e negligência.

O movimento #MeToo teve efeito global e motivou centenas de mulheres a se pronunciarem abertamente sobre violência sexual e abusos de poder em seus ambientes de trabalho.

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