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Presidente do júri diz que só 3 filmes cumpriam critérios

Kusturica disse que decisão ficou entre três filmes sobre os quais o júri tinha opiniões diferentes. Ele comemorou a vitória Veja a Galeria

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente do júri da Palma de Ouro do Festival de Cannes, o diretor bósnio Emir Kusturica, afirmou que neste ano "dois ou três filmes cobriam os critérios" fixados para a competição. Houve "três filmes sobre os que tínhamos opiniões diferentes e que podiam aspirar ao melhor prêmio", acrescentou o diretor, durante o encontro do júri com a imprensa, um dia depois da entrega da Palma de Ouro a L´Enfant, dos irmãos belgas Luc e Jean-Pierre Dardenne. Embora a decisão não tenha sido unanimidade, "estamos contentes, nos despedimos como amigos e acreditamos que cumprimos com nossa missão", disse Kusturica, ao afirmar que comemorou "dançando selvagemente". O diretor disse que o júri não terá "vergonha" do filme vencedor, "ao contrário", pois contém todos os elementos requeridos: "Há algo dramático, representa igualmente uma obra máxima sobre a base de algo mínimo, o que pode satisfazer o público. "Ditador" Ao comentar alguns filmes, Kusturica disse que "talvez fossem um pouco menos bons do que eu esperava". "Tivemos sorte, porque a seleção não tinha uma média particularmente elevada, mas houve quatro ou cinco filmes que poderíamos ter escolhido para a Palma de Ouro", afirmou depois. O diretor bósnio comandou o júri como um "ditador", conforme se auto-intitulou. E em parte foi verdade, como explicou a atriz indiana Nandita Dás, que o chamou de "doce ditador", o que foi confirmado pela diretora francesa Agnes Warda, que contou o quanto "haviam se divertido". "Ele se impôs como o ´comandante´ desde o primeiro dia, mas teve uma atitude muito democrática, nos escutou muito mais do que esperávamos", afirmou. A vencedora do prêmio Nobel de Literatura Toni Morrison ressaltou "o excelente ambiente de camaradagem" que reinou e a "minuciosa atenção" dedicada a todos os filmes.

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