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'Troca de Rainhas' e 'Unicórnio' estão entre as estreias de cinema da semana

Chegam aos cinemas nesta quinta, 16, ainda, 'Abrindo o Armário', 'Como É Cruel Viver Assim' e 'Medo Viral', entre outros filmes; veja trailers

Foto do author Luiz Zanin Oricchio
Por Luiz Carlos Merten e Luiz Zanin Oricchio
Atualização:

Entre as estreias de cinema desta semana, destaque para o filme do francês nascido no Senegal Marc Dugain, Troca de Rainhas, o documentário nacional Abrindo o Armário, o drama Unicórnio, baseado em histórias da escritora Hilda Hilst, e a comédia dramática brasileira Como É Cruel Viver Assim. Veja, também, o trailer dos filmes que estreia nesta quinta, 16.

Juliane Lepoureau e Catherine Mouchet em 'Troca de Rainhas' Foto: Pandora Filmes

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DRAMACasamentos sem amor e acordos de Estado Troca de Rainhas  (França-Bélgica/2017, 100 min.) Dir. Marc Dugain. Com Lambert Wilson, Olivier Gourmet, Anamaria Vartolomei, Juliane Lepoureau, Catherine Mouchet Autora do romance em que se baseou Benoît Jacquot para fazer Adeus, Minha Rainha, Chantal Thomas fornece agora o material para Troca de Rainhas, de outro francês, Marc Dugain, nascido no Senegal. O filme passou no Festival Varilux. É ótimo. Aluna de Roland Barthes, Chantal trabalha com seriedade. Adeus mostra a derrocada de Maria Antonieta pela lente de uma aia. Troca de Rainhas aborda os casamentos arranjados da realeza europeia. Para fortalecer os laços entre França e Espanha e impedir novas guerras, o regente francês, Filipe de Orleans, propõe um duplo casamento. Luís XV, de apenas 11 anos, se casará com a infanta espanhola, de 4, e a filha do próprio Felipe, de 12, se casará com o herdeiro do trono de Espanha, de 16. O garoto espanhol enamora-se da noiva prometida. Ela o rejeita. Luís XV também é mal influenciado por amigos gays que desconsideram a menina espanhola.

Talvez por ter vindo das colônias, Dugain tem um olhar duro para a falsidade da corte. Discute a função dessas uniões arranjadas – produzir herdeiros. Há urgência de ambos os lados, e impossibilidades idem. São crianças! O filme aborda o assassinato da infância e a supressão dos sentimentos em negócios de Estado. Quando o herdeiro espanhol pede tempo para tentar conquistar a garota por quem se apaixonou, pai e mãe surpreendem-se – “Mas o amor nunca entrou nessa negociação.” Suntuosamente filmada e iluminada, a produção enche os olhos e se beneficia de participações ilustres.

COMÉDIA DRAMÁTICAVida de subúrbio, pela lente de Julia RezendeComo É Cruel Viver Assim (Brasil/2017, 107 min.)Dir. de Julia Rezende. Com Marcelo Valle, Fabiula Nascimento, Paulo Miklos, Débora Lamm

Na entrevista que deu ao Estado, Fabiula Nascimento, enquanto mulher liberada, do seu tempo, disse que entendia a dona de casa suburbana de Como É Cruel Viver Assim. No filme de Julia Rezende que estreia nesta quinta, 16, ela possui o próprio negócio – um instituto de beleza – e, mesmo assim, participa do destrambelhado plano de assalto promovido pelo marido. Intui que aquilo não vai dar certo, mas vai por amor. Julia filma bem, reúne um elenco ótimo – além de Fabiula, o marido da diretora, Sílvio Guindane, Marcelo Valle, Paulo Miklos, etc. Humor nos limites da tragédia, riqueza de observação humana e social. Muito bom. / L.C.M.

TERROR ‘Medo Viral’, o terror que vem do aplicativo

Medo Viral/ Bedeviled (EUA/ 2016, 91 min.)Dir. de Abel Vang, Burlee Vang. Com Saxon Sharbino, Bonnie Morgan, Brandon Soo Hoo 

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Uma garota morre em circunstâncias misteriosas e tempos depois seus amigos recebem uma chamada de seu celular, convidando-os a baixar um aplicativo. No começo, o APP parece apenas um desses auxiliares digitais que realizam tarefas para os usuários (Spike Jonze fez Her, um filme interessante sobre esse tipo de inteligência digital). Mas logo o sobrenatural se instala, aterrorizando os jovens, como é de praxe nesse tipo de projeto. Pouco imaginativo, o filme dos irmãos Abel e Burlee Vang limita-se a sustinhos baratos e a uma tentativa de associar terror a tecnologia. Previsível. / L.Z.O.

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