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Uma década após cair em desgraça, Mel Gibson retoma boa forma em 'Até o Último Homem'

Filme é baseado na história real de Desmond Doss, um médico pacifista do Exército dos Estados Unidos que serviu nas linhas de frente da Batalha de Okinawa em 1945 sem nunca ter tocado em uma arma

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Por Redação
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LOS ANGELES - Já se passaram dez anos desde que Mel Gibson fez um discurso antissemítico ensandecido que o transformou em um pária em Hollywood, mas o ator e diretor finalmente está voltando a cair nas graças da indústria do cinema.

Gibson vem se mantendo discreto, não tendo feito mais do que um punhado de papéis pequenos desde que foi preso em Malibu em 2006 por dirigir alcoolizado, depois do que se desculpou por ter lançado uma ataque contra judeus e iniciou tratamento de alcoolismo.

Mel Gibson (e) e o ator Hugo Weaving Foto: REUTERS/Alessandro Bianchi/File Photo

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Agora, seu novo drama de guerra Hacksaw Ridge (Até o Último Homem), que estreia nos cinemas norte-americanos nesta sexta-feira, 4, está recebendo as resenhas mais generosas desde Coração Valente, filme de 1995 que lhe rendeu vários Oscar.

O filme foi exibido na Academia de Cinema de Beverly Hills, e no domingo Gibson será homenageado como melhor diretor na premiação Hollywood Film Awards -- o início da jornada ao Oscar, que acontece em fevereiro.

Hacksaw Ridge é baseado na história real de Desmond Doss, um médico pacifista do Exército dos Estados Unidos que serviu nas linhas de frente da Batalha de Okinawa em 1945 sem nunca ter tocado em uma arma e recebeu a Medalha de Honra ao Mérito por seu trabalho.

Seu retrato de fé inabalável, homens sob pressão e cenas de luta visualmente violentas são marcas registradas de Gibson, e o filme teve uma taxa de aprovação de 96 por cento no site agregador de críticas RottenTomatoes.com.

David Rooney, da revista Hollywood Reporter, o classificou como "um retorno vigoroso" de Gibson que "acerta ao combinar horror e nobreza".

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Indagado se enfrentou desafios na realização de Hacksaw Ridge, dados seus altos e baixos na indústria, Gibson disse não ter se deparado com nenhum. "Consegui fazê-lo bastante bem", afirmou.

Mas na semana passada, o astro contou à revista Variety que fica aborrecido quando as pessoas falam no incidente de 2006.

"Que um episódio no banco de trás de uma viatura de polícia com oito doses duplas de tequila na cabeça ditem todo o trabalho, o trabalho de uma vida e as crenças e tudo mais que fiz e que mantenho em minha vida é realmente injusto", disse.

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