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Cultura Artística transfere concerto para Teatro Municipal

Por AE
Atualização:

O incêndio que destruiu na madrugada de ontem grande parte do Teatro Cultura Artística, na região central de São Paulo, não vai significar o cancelamento dos dois concertos que estavam previstos para hoje e amanhã no espaço. Ontem, a Sociedade de Cultura Artística conseguiu transferir as apresentações para outros palcos. Assim, a Filarmônica de Liège toca hoje no Teatro Municipal e, amanhã, na Sala São Paulo. Quem já comprou ingressos deve simplesmente dirigir-se aos novos locais, respeitando a data original. Não há risco de superlotação, já que tanto o Municipal quanto a Sala São Paulo abrigam público maior que o Cultura Artística. Em caso de dúvidas, basta ligar para o telefone (0--11) 3256-4229. A Filarmônica de Liège vem a São Paulo com um programa dedicado a autores franceses, mas o destaque mesmo dos concertos vem dos EUA - a meio-soprano Susan Graham, voz em ascensão no cenário lírico internacional. Ela vai interpretar hoje e amanhã o ciclo Les Nuits D''Été, de Hector Berlioz, que ela já gravou com o maestro John Nelson, recebendo diversos prêmios. "A música de Berlioz tem um tempero todo especial, um ímpeto, um drama muito forte", diz Susan. "A sensualidade está à flor da pele, de maneira muito atraente." Incêndio - Um incêndio que durou mais de quatro horas destruiu na madrugada de ontem grande parte do Cultura Artística. O teatro é um dos mais tradicionais de São Paulo e foi inaugurado em março de 1950 com um concerto de Heitor Villa-Lobos. O Corpo de Bombeiros foi acionado às 5 horas e, às 8h30, havia controlado as chamas. O afresco de Di Cavalcanti na fachada, com 48 metros de largura e 8 de altura, foi uma das poucas peças não danificadas. O teto desabou, uma sala foi inteiramente incendiada, outra ficou alagada e todo o figurino das peças ''O Bem Amado'' e ''Toc Toc'', além de dois pianos, mesas de som e de luz e outros equipamentos foram destruídos. Ninguém ficou ferido. De acordo com o coronel do Corpo de Bombeiros João dos Santos de Souza, o primeiro e o segundo andar foram inteiramente destruídos - ali ficam a administração, salas de escritório e a sala Esther Mesquita, com capacidade para 1.156 lugares. Peritos do Instituto de Criminalística fizeram análises no teatro. O laudo deve demorar de 10 a 20 dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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