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Diana não queria Charles como rei, diz advogada em inquérito

Por PAUL MAJENDIE
Atualização:

A princesa Diana achava que seu marido, o príncipe Charles, não deveria tornar-se rei e que a coroa deveria saltar uma geração, disse uma de suas advogadas na terça-feira durante o inquérito que apura as causas de sua morte. Diana, morta em um acidente de carro em Paris, em agosto de 1997, com seu namorado Dodi al Fayed, também disse repetidamente às advogadas Maggie Rae e Sandra Davis que temia por sua vida. "Ela acreditava no que dizia (sobre sua vida correr perigo), mas eu achava que ela estava sendo fantasiosa", disse Rae ao tribunal. As duas advogadas acreditavam que os temores de Diana não mereciam crédito, mas a polícia foi oficialmente informada sobre as suspeitas que a princesa expressou. Rae pintou um retrato tristonho da vida da princesa. Glamourosa e superfotografada em público, Diana levava uma vida privada solitária no Palácio de Kensington, em Londres, esquentando suas próprias refeições em um forno de microondas. "Eu achei que ela vivia em um ambiente estranho", disse Rae. "Vivia em grande solidão." A advogada disse que Diana queria que seu filho William, e não Charles, fosse o próximo a assumir a direção da Casa de Windsor. Para ela, essa seria "a solução mais feliz para o futuro da monarquia". O pai de Dodi al Fayed, Mohamed al Fayed, alega que seu filho e Diana foram mortos pelos serviços britânicos de segurança, a mando do príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth e ex-sogro de Diana. Rae, que guardou cartas escritas a Diana pela rainha Elizabeth e o príncipe Philip, não acredita nessa teoria conspiratória. "Pareceu-me que todas as cartas foram escritas mais com tristeza que com raiva, e, realmente, algumas delas eram comoventes", disse ela ao tribunal, acrescentando que o tom das cartas "certamente não era hostil".

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