A artista Tadáskía terá a sua primeira individual no The Museum of Modern Art em Nova York. A brasileira mantém em segredo como será a exibição que começa no dia 24 de maio, mas adianta que vai envolver seus desenhos, esculturas e a sua obra central o livro ‘Ave Preta Mística’ (Mystical Black Bird), formado por poemas bilíngues e inscrições gráficas. Esse livro foi apresentado durante a 35ª Bienal de Arte de São Paulo e adquirido pelo MoMA.
A exposição intitulada ‘Projects: Tadáskía’ ocupará a sala térrea de um dos principais museus de arte moderna do mundo. A artista explica: “O que eu vou fazer lá, não fiz em nenhum outro momento. Haverá uma mudança de forma. Pode parecer semelhante a outros trabalhos, mas terá algo novo e inusitado”.
Entrevistar Tadáskía não é exatamente fácil. Ela pensa cuidadosamente sobre o que mostrar e esconder. Essa dinâmica, o mistério, também se faz presente em seus trabalhos de artes plásticas.
Tadáskía cresceu em Santíssimo, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro, sua família ia ao templo neopentecostal, ingressou aos 18 anos na graduação em Artes Visuais na UERJ por meio de cotas e fez cursos da escola de arte do Parque Lage. Tem 30 anos, e é transgênero. “Os meus trabalhos trazem um mix das coisas que eu vivi e do que eu não vivi, que apenas imaginei. Em alguns momentos fica confuso se é familiar ou estrangeiro”, conclui.
