Uma carta inédita do escritor escocês e criador do detetive Sherlock Holmes, Arthur Conan Doyle (1859-1930), que confirma sua firme crença no espiritismo, será exposta a partir desta quarta-feira na Biblioteca Britânica de Londres. Na carta, dirigida à mãe do escritor, Conan Doyle se mostra preocupado por seu filho, Alleyne Kingsley Doyle (1892-1918), que então lutava na Primeira Guerra Mundial.
“Não tenho medo da sua morte. Desde que me converti em um espiritualista convencido, a morte se tornou algo desnecessária, porém temo enormemente pela dor e pela mutilação”, diz a carta. Kingsley, o menor dos filhos do prolífico autor, sobreviveu ao combate, mas morreu por causa de uma pneumonia adquirida durante os anos de campanha.
Doyle, autor de mais de sessenta obras do famoso detetive, estudou medicina, foi político, viajante e era conhecido pela defesa do espiritismo.
A carta faz parte da exposição A Guerra Duradoura, que permanecerá até o dia 12 de outubro e que apresenta uma seleção de material relacionado à Primeira Guerra procedente da coleção da biblioteca nacional do Reino Unido, uma das maiores do mundo.
Também estão expostas obras de poetas da guerra, revistas criadas pelas tropas e tecidos usados na retaguarda da campanha.