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Banda de expatriados iranianos tem fim trágico nos EUA

Baixista atirou nos colegas de grupo e depois se matou

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Por Redação
Atualização:

O rock viveu um dia sangrento numa casa de três pavimentos no rua Maujer, 318, em East Williamsburg, Brooklyn, Nova York. Armado com um rifle, o músico Raefe Ahkhbar matou seus colegas da banda Yellow Dogs – o guitarrista Soroush Farazmand, o cantor Ali Eskandarian e o baterista Arash Farazmand. Depois, se matou com um tiro. Segundo o Wall Street Journal, Ahkhbar fora expulso da banda recentemente e não digeriu bem a coisa.

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Originária de Teerã, a banda Yellow Dogs começou a carreira em 2006 (tocavam em estúdios à prova de som e em concertos clandestinos para não serem punidos pelo governo iraniano). “Temos sorte de nunca termos sido apanhados”, disse o baixista, que se apresentava como Koory (provavelmente, o atirador). “Nós não podemos voltar ao Irã”, disse o cantor, conhecido como Obash. “Nossos pais nunca nos viram tocar”.

Definindo-se como pós-punk, dance punk e psicodélica, o Yellow Dogs terminou de maneira trágica hoje. Só uma das vítimas de Akhbar sobreviveu. Eles tinham entre 20 e 30 anos e chegaram a tocar em casas importantes, como o Webster Hall, em Nova York, e o festival South by Southwest (de Austin, Texas).

Martin Greenman, de 63 anos, um reciclador que era vizinho aos rapazes, disse ao New York Times: “Eles estavam sempre juntos e sempre eram amigáveis. Pareciam roqueiros”. Outro vizinho, o eletricista Marcus Durant, de 56 anos, afirmou: “Estavam sempre tocando. Eu me sentava do lado de fora e ficava ouvindo eles. Tocavam coisa muito boa. Era um bando de garotos legais”.

O atirador, segundo a polícia, não parece ter forçado portas. Ele entrou, subiu as escadas, atirou nas vítimas no segundo e no terceiro andares, depois subiu ao terceiro andar e atirou na própria cabeça com o rifle. Uma outra pessoa alvejada por um tiro no braço, de 22 anos, foi levada ao Elmhurst Hospital.

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