‘Elza Soares ensinou o Brasil a amar’, diz empresário da cantora

Para Pedro Loureiro, artista só teve reconhecimento pleno nos seis últimos anos da carreira de quase 70 anos

PUBLICIDADE

Foto do author Roberta Jansen
Por Roberta Jansen
Atualização:

RIO - O empresário de Elza Soares, Pedro Loureiro, disse que a cantora ensinou o Brasil a amar.

Corpo de Elza Soares é velado no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Foto: AP Photo/Silvia Izquierdo

PUBLICIDADE

“Elza amou. Ela ensinou este País a amar. Ela insistiu que a gente poderia amar. E este País demorou muito a reconhecer Elza Soares. Foram muitos anos para reconhecer Elza Soares. Ela ia fazer 70 anos de carreira e só nos últimos seis anos chegou ao apogeu que merecia. A gente não sabe ser País ainda. A gente ainda não sabe valorizar os nossos ídolos. A gente tem que aprender muito. Elza Soares nos deixou este legado. Ela nos ensinou a ser gente. Ela nos ensinou que, quando a gente descia no aeroporto e vinha um vendedor de bala e queria um beijo dela, ela o beijava como beijava o bam-bam-bam de qualquer lugar.”

Integrantes da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel prestaram uma homenagem à cantora Elza Soares, durante o seu velório, na manhã desta sexta-feira, 21, no Teatro Municipal do Rio. Vestidos a caráter, eles estenderam uma bandeira da escola sobre o caixão da cantora e ofereceram à artista uma longa salva de palmas.

Durante toda a vida Elza foi ligada à escola. De 1973 a 1977 foi intérprete da Mocidade. Em 1974, gravou Salve a Mocidade, que se tornou um grande sucesso. No carnaval de 2010, Elza foi madrinha de bateria da escola. Finalmente, em 2020, foi homenageada em enredo.

Elza Soares em desfile da escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel em 2003. Foto: Otavio Magalhaes/AE

Rio decreta luto oficial

Oprefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD),decretou três dias de luto oficial no pela morte da cantora Elza Soares, ocorrida na última quinta-feira, 20, aos 91 anos. O prefeito está no velório da artista, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que começou às 8h desta sexta-feira, 21 e foi aberto ao público às 10h.

O corpo de Elza ficará no hall do teatro até as 14h, quando seguirá em carro aberto do Corpo de Bombeiro até o cemitério de Jaridm Sulacap, na zona oeste da capital carioca. Lá,será enterrado, às 16h, depois de uma última homenagem fechada ao público.

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.