O Festival Amazonas de Ópera abre nesta sexta-feira, dia 26, a sua vigésima segunda edição, em Manaus, apostando na diversidade de repertório – e pensando também fora do palco a respeito das possibilidades do gênero, com um simpósio sobre ópera e economia criativa.
“Manaus tem sido um laboratório. Com liberdade de criação, nos demos conta ao longo do tempo que a ópera tem um apelo gigantesco para todos os públicos”, informa o maestro Luiz Fernando Malheiro, diretor artístico do evento. “Você pode experimentar no repertório e o público vai, se interessa, gosta.”
A abertura oficial começa hoje com uma versão em concerto de Ernani, de Verdi, no Teatro Amazonas. Ao longo de maio, outros quatro espetáculos serão realizados. Serão três óperas – Tosca, de Giacomo Puccini (com Malheiro e direção de Jorge Takla), Maria Stuarda, de Gaetano Donizetti (com regência de Marcelo de Jesus e direção de Davide Garattini), e Alma, de Claudio Santoro (regência de Jesus e Otávio Simões e direção de Julianna Santos).
Há ainda o espetáculo Mater Dolorosa, com direção de Atila de Paula, recitais, concertos e a série Ópera Delivery, com apresentações em diferentes espaços.
O simpósio, por sua vez, vai reunir no dia 26 de maio, entre outros nomes, o secretário de Cultura do Amazonas, Marcos Apolo Muniz de Araújo, o secretário de Cultura e Economia Criativa de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, o secretario executivo de Cultura do Ministério da Cidadania, Henrique Medeiros Pires, e a diretora executiva da Ópera Latinoamérica, Alejandra Martí, para discutir a relação da ópera com a economia criativa.
A organização é da produtora executiva do Festival Amazonas, Flávia Furtado, que em palestras e debates realizados em todo o Brasil tem defendido a ideia de que o gênero movimenta a economia e possui enorme potencial de crescimento no País.