Herbert Vianna está paraplégico

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Por Agencia Estado
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O cantor e compositor Herbert Vianna está paraplégico, mas tem 50% de chances de voltar a ter movimento nas pernas dentro de um período de um ano. O prognóstico foi feito hoje pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho, depois de analisar o resultado de uma ressonância magnética realizada no fim da tarde de quarta-feira. O exame confirmou que houve lesão na medula do músico. ?Temos esperança de que isso ainda possa ser revertido?, afirmou o médico. A nitidez das imagens da ressonância foi prejudicada pela presença dos parafusos de titânio usados para fixar a coluna do músico. Não foi possível avaliar as dimensões da contusão e ter um diagnóstico mais preciso sobre a possibilidade de Herbert voltar a andar. ?Mas não podemos afirmar que seja definitivo. O acidente ocorreu há apenas um mês e ainda há chances de que ele possa melhorar?, disse Niemeyer. ?Se dentro de um ano ele não apresentar nenhuma evolução, aí poderemos dizer que se trata de algo irreversível.? O neurocirurgião explicou que o músico continuará sendo submetido a sessões de fisioterapia e, tão logo esteja completamente recuperado das lesões cerebrais, começará a freqüentar uma clínica especializada em reabilitação para que tenha um tratamento mais específico. Os resultados, segundo os médicos, podem aparecer em alguns meses ou, no máximo, em um ano. ?O tempo vai mostrar se os movimentos vão surgir?, disse Niemeyer. ?É possível que não haja recuperação completa.? Herbert Vianna deverá ter alta do hospital Copa D?Or dentro de uma ou duas semanas. Uma estrutura que inclui uma cama hospitalar e o acompanhamento de enfermeiros está sendo montada em sua casa para recebê-lo. ?É preciso não apenas preparar essa estrutura, mas também preparar a família, do ponto de vista psicológico, para recebê-lo. É necessário que as pessoas se sintam seguras de tê-lo em casa?, explicou o neurocirurgião. O músico mostra-se cada dia mais consciente. Segundo Niemeyer, ele fala com cada vez mais coerência, não tem problemas para articular as palavras (sua voz é normal), responde a perguntas simples, reconhece seus familiares e amigos e os trata pelo nome. Herbert passa a maior parte do dia sentado em uma poltrona, assiste à televisão e se alimenta normalmente. Ele já tem uma certa consciência de que foi vítima de um acidente, mas ainda não perguntou pela mulher, a jornalista inglesa Lucy Needham, morta na queda do ultraleve. O músico demonstra ainda uma certa lentidão para fixar as informações que lhe são passadas. Os médicos explicaram que o quadro de confusão mental é normal em pacientes que estão saindo do coma e que, em princípio, ele não terá nenhuma seqüela nessa área. ?Ele vai continuar melhorando e vai surpreender muita gente dentro de poucos meses?, apostou o neurocirurgião.

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