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Inteligência Artificial expande bordas de álbuns famosos brasileiros, de Milton a É o Tchan; veja

Ferramenta criou o que antes só a imaginação poderia ver; publicações viralizaram no Twitter

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Foto do author Simião  Castro
Por Simião Castro
Atualização:

O que está além das bordas das capas de alguns dos mais emblemáticos álbuns da música brasileira? Com ajuda da Inteligência Artificial, um usuário do Twitter pegou as estampas de discos como ‘Clube da Esquina’, ‘Opera do Malandro’ e ‘Racional’ e ampliou as margens das imagens. Mas, claro, uns com mais e menos sucesso.

As intervenções vão de De João Gilberto a É o Tchan, de Milton Nascimento a Mamonas Assassinas, com muita coisa no meio. O perfil @JefinhoMenes, que prefere se identificar como Jefinho, do Site dos Menes, submeteu as imagens ao sistema digital e publicou os resultados em uma thread no Twitter..

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O Tweet de abertura, mais curtido e retuitado, é com Chega de Saudade de João Gilberto, que ganhou uma janela e o que parece ser uma jardineira no cenário. Ele conta que a ideia surgiu de um grupo de IA de que participa, no qual um integrante fez a brincadeira com os álbuns do Nirvana e outras pessoas seguiram na esteira. “Seria legal vermos umas do Brasil”, ele pensou e decidiu executar.

As figuras de Cabeça Dinossauro, dos Titãs e de 100% Charlie Brown Jr desenvolveram corpos. O personagem carnavalesco de Los Hermanos ganhou adereços e braços, ainda que distorcidos pelas limitações da IA.

Veja algumas da imagens criadas por Inteligência Artificial

Como as criações são feitas

As peças foram feitas usando um programa chamado Stable Diffusion. Jefinho conta que a operação é bastante simples. Usando a ferramenta, basta definir a área a ser ampliada e digitar na caixa de texto específica as instruções do que a IA deve “desenhar”. Quanto mais específico, mais demora.

Uma funcionalidade recente do Photoshop, que divulgou a novidade há uma semana, deve vir para popularizar a ação. O ‘preenchimento generativo’, em tradução livre, usa inteligência artificial para analisar a imagem existente e sugerir cobertura de áreas ou mesmo a criação de imagens completamente novas do zero. Também usando os comandos de texto.

Jefinho vê com reservas o uso profissional dos novos recursos, inclusive porque ainda não funcionam plenamente e tendem a distorcer os formatos de rostos. “Fazer isso profissionalmente acho que ainda está numa área meio cinza, até porque atropelaria o trabalho dos artistas reais”, afirma.

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E ele defende até o impedimento do uso das imagens geradas, porque as bases de dados são bancos de fotografias reais produzidas profissionalmente. As quais nem sempre remuneram adequadamente quem trabalha com isso e alimenta as bases de dados. “A Adobe prometeu que vai remunerar os artistas, mas, até agora, nada”, afirma.

Em resposta a um tuite feito na conta da companhia, a Adobe disse que em breve definirá como atuar nesse sentido. “Alguma atualização sobre a forma como você vai compensar as pessoas que encheram a biblioteca Adobe Stock?”, perguntou o usuário @gtgraphics_de. “Esperamos compartilhar mais informações nas próximas semanas”, respondeu a empresa.

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