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Municipal de SP anuncia novidades para 2002

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Por Agencia Estado
Atualização:

O secretário municipal de Cultura de São Paulo, Marco Aurélio Garcia, a diretora do Teatro Municipal Lúcia Camargo, o novo presidente dos Patronos Ivo Rosset e representantes do Banco Santos anunciaram esta semana o novo sistema de assinaturas do teatro. No entanto, não foi essa a única novidade anunciada para o teatro. Entre a troca das barulhentas cadeiras, a contratação do novo diretor musical - o maestro Ira Levin - e a divulgação da existência de projetos de informatização da bilheteria e da construção de um estacionamento, destaca-se a reformulação do papel dos Patronos do Teatro Municipal. Nos últimos anos, a associação - criada com o propósito de dar apoio à temporada do teatro - manteve uma temporada própria, distinta daquela programada pela direção da casa. Segundo o novo presidente dos Patronos, o empresário Ivo Rosset, a nova palavra de ordem é reassumir a vocação inicial da associação, "envolvendo-se no conjunto das atividades do teatro". Para o secretário Garcia, os Patronos vão possibilitar a captação de capital privado, que o teatro não poderia fazer por ser uma instituição pública. Para a temporada 2002, que inclui sete concertos sinfônicos e cinco óperas, está previsto um patrocínio de R$ 5 milhões, que será feito de modo indireto. O apoio não virá em forma de dinheiro, mas de doações específicas de empresas, como é o caso do Banco Santos, que ficará responsável pelo salário e a estadia de Ira Levin no País. No entanto, a temporada de assinaturas não inclui todas as atividades do teatro. Os concertos sinfônicos da Experimental de Repertório - agora um corpo estável do Municipal -, assim como os da Sinfônica Municipal sob regência de outros maestros que não o norte-americano Levin, não figuram entre as atrações. O mesmo ocorre com a programação do Balé da Cidade. A justificativa: "Incluímos apenas aquilo que tem realização garantida", diz Lúcia Camargo. Outra novidade anunciada oficialmente foi a tão esperada desvinculação da bilheteria do teatro com a Secretaria de Finanças. Até o início deste ano, toda a renda dos espetáculos era repassada para a secretaria, que repassava - ou não - a verba ao teatro. Agora, segundo Garcia, o dinheiro vai direto para a Secretaria Municipal de Cultura. "O objetivo é desburocratizar o máximo possível o teatro." Também foi confirmado o início da parceria com o Municipal do Rio - os dois teatros vão co-produzir sua primeira ópera, La Gioconda, com a brasileira Eliane Coelho encabeçando o elenco. No mais, muitos planos, desde o estabelecimento de outras parcerias, com o Teatro Colón e o Scala de Milão, por exemplo, até a construção de um estacionamento que sirva ao teatro. Há também planos "não 100%, mas bem próximos de serem confirmados", segundo Garcia, da instalação de um novo teatro, em antigo cinema do centro da cidade, que serviria de sala de ensaios para as duas orquestras. Regulamentar os contratos temporários dos músicos também está na pauta da secretaria. Atrações - A temporada será aberta no dia 8 de abril com um concerto da Sinfônica Municipal com o Salmo n.º 100 de Max Reger e a Nona Sinfonia de Beethoven, com solistas brasileiros e regência de Ira Levin. A primeira ópera será João e Maria, de Humperdinck, com a Experimental de Repertório e um elenco também nacional. As outras óperas, todas com a Sinfônica Municipal sob regência de Ira Levin, serão: Macbeth (co-produção com a SP ImagemData), La Gioconda, Sansão e Dalila (em versão de concerto) e Don Giovanni. A temporada sinfônica, pensada de acordo com a de outras orquestras, a fim de não repetir peças, terá obras de Hindemith, Berlioz, Respighi, Bártok, Stravinski, Ravel e Verdi, entre outros compositores. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (0--11) 223-3022.

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