O pianista Nelson Freire abre, na semana que vem, com dois recitais, a temporada da Sociedade de Cultura Artística. Nos dias 8 e 9, interpreta o mesmo programa, com peças de Beethoven, Debussy e Chopin. A trinca de compositores está bem representada na recente carreira discográfica do pianista - cada um ganhou um disco, pelo selo Decca. Mas, com Freire, nada é monótono. A imaginação, o toque refinado, o senso de estrutura - suas interpretações mantém sempre características comuns, mas ele não se cansa de nos surpreender a cada recital com leituras diferentes e originais.
Freire completa 70 anos em 2014. E vive um momento especial da carreira. Ao mesmo tempo em que se estabeleceu, no cenário internacional, como um dos mais sólidos intérpretes do chamado grande repertório, eventualmente recupera peças menos conhecidas e as inclui em sua agenda de concertos. É o caso, por exemplo, do Momoprecoce, de Villa-Lobos; ou de Noites no Jardim de Espanha, de Manuel de Falla. Veja abaixo uma seleção de interpretações do pianista.
Beethoven
Trecho da interpretação da "Sonata Waldstein", peça que ele incluiu em seu disco solo dedicado ao compositor.
Villa-Lobos
Na edição de 2009 do Festival de Inverno de Campos do Jordão, o pianista interpreta as Bachianas Brasileiras nº 4, de Villa-Lobos.