Nile Rodgers lamenta falta de transparência no pagamento para músicos no streaming

'Nem sabemos quanto vale um stream', afirmou, que conquistou fama global nos anos 1970 com sua banda Chic e o sucesso 'Le Freak'

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Por Estelle Shirbon
Atualização:
O músico e produtor Nile Rodgers Foto: Eric Gaillard/ Reuters

Músico e produtor de discos veterano, o norte-americano Nile Rodgers disse a parlamentares britânicos nesta terça-feira, 8, que os artistas estão perdendo uma quantidade enorme de dinheiro devido à falta de transparência no pagamento de serviços de streaming.

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Rodgers, que conquistou fama global nos anos 1970 com sua banda Chic e o sucesso Le Freak e produziu, entre muitos outros álbuns, “Let’s Dance, de David Bowie, é o mais recente de uma série de grandes nomes da indústria musical a comparecer perante os parlamentares que investigam o aspecto econômico do streaming de músicas.

Em uma videoconferência à qual compareceu com seus óculos escuros e boina característicos, Rodgers disse que os músicos não conseguem verificar se estão perdendo renda com o streaming de seu trabalho.

“Nem sabemos quanto vale um stream”, disse ele aos membros do Comitê de Assuntos Digitais, Culturais, Midiáticos e Esportivos, que estão investigando o modelo de negócios de plataformas como Spotify, Apple Music, Amazon Music e Google Play.

“Alguém sabe me dizer realmente quanto vale um stream? Pois é, não sabe, e não existe maneira de se descobrir”, disse.

Rodgers, conhecido por seu estilo inconfundível como guitarrista e por sua colaboração com estrelas que vão de Madonna a Daft Punk, disse que todas as vezes que conseguiu auditar gravadoras, descobriu que os artistas foram privados de rendimentos que lhe eram devidos.

“Não estou inventando isso com propósitos dramáticos ou propósitos cômicos, mas cada vez que auditei uma gravadora descobri dinheiro, e às vezes é atordoante, a quantidade de dinheiro”, disse ele, lamentando que a maneira como o sistema de streaming está montado hoje não permite tais auditorias.

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