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Rock in Rio 2019: Nile Rodgers enfrenta problemas de som no Palco Mundo

Promovido depois de um show impecável em 2017, músico foi atrapalhado por ruídos nas caixas do espaço principal do evento

Por Guilherme Sobota
Atualização:

RIO - É uma ironia que um show de Nile Rodgers, um dos maiores magos do som da música pop, comece com problemas no som: foi o que aconteceu com sua estreia no Palco Mundo do Rock in Rio 2019, na noite desta quinta-feira, 3.

O cantor e compositor Nile Rodgers se apresenta no Rock in Rio 2019 Foto: Mauro Pimentel/ AFP

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Promovido de Palco desde a última edição do festival – quando apresentou um show impecável contando uma história da música popular em canções no Sunset – Rodgers dessa vez enfrentou problemas com a sua guitarra, talvez na primeira ocorrência de problemas de som no Palco Mundo nesta edição. 

Os “arranhões” que saíram das caixas atrapalharam toda a primeira parte do set, com os sucessos que levaram o Chic ao estrelato no fim da década de 1970 (Dance, Dance, Dance, Everybody Dance e I Want Your Love, um trio de canções que as maiores bandas do mundo apenas sonham em possuir para abrir um show como esse).

O movimento disco foi rispidamente interrompido quando os descolados de Nova York decidiram que o punk era a nova onda, por volta de 1979 – o slogan “Disco Sucks” (o disco é uma merda, numa tradução possível) ainda é motivo de decepção para Rodgers, mas não deixa de ser uma correção histórica que seja ele quem agora ocupe o palco principal do maior festival de música do mundo (e não os seus detratores).

Sem vencer os problemas de som, Nile passeia pelos seus hits feitos para Diana Ross (I’m Coming Out e Upside Down) e para o Sister Sledge (Greatest Dancer e We Are Family), antes de saltar para o futuro e cantar Get Lucky, parceria com Pharrell Williams e Daft Punk, numa prova concreta de que sua música e o que ele faz no estúdio sobreviveram ao teste do tempo.

Ele não precisaria de Notorious (parceria com Duran Duran), Let’s Dance (o maior sucesso da carreira de David Bowie, arranjada e produzida por Rodgers), e dois dos hits mais bem sucedidos do Chic (Good Times e Le Freak) para montar o setlist irretocável que apresenta, mas é o que ele faz em seguida.

Talvez o clima mais intimista do Palco Sunset em 2017 e o ineditismo do Chic no Brasil naquela ocasião tenham valorizado mais aquela apresentação, mas como foi possível testemunhar hoje no Palco Mundo, o disco nunca morreu de fato.

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