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Musical "Grease" estréia em São Paulo

Após longa fase de testes e um curto período para a montagem, a versão brasileira do musical Grease, consagrado no cinema por Olivia Newton-John e John Travolta, estréia hoje no Teatro Sérgio Cardoso

Por Agencia Estado
Atualização:

A versão brasileira do musical Grease, consagrado no cinema por Olivia Newton-John e John Travolta nos papéis principais de Sandy e Danny, estréia hoje no Teatro Sérgio Cardoso. Grease, o Musical ganha toques visuais brasileiros na versão da diretora Cristina Trevisan. O par romântico do espetáculo vai ficar a cargo de Amanda Acosta e Afonso Nigro. A temporada paulistana vai ser longa, até 29 de junho. Depois, o musical vai circular pelo País. A recriação e adaptação do clima da juventude dos anos 50 passou por um crivo pessoal do cenógrafo Renato Scripiliti. Ele se recusou a assistir às versões de Grease em cartaz em Londres ou a vídeos do sucesso da Broadway. "Não peguei referências do Grease apresentado em outros locais, a cenografia é brasileira, não no estilo, que respeitamos o original, e sim na criação. Vivi aquela época, coloquei todas as minhas lembranças no palco", diz ele. Uma extensa pesquisa de cores levou Scripiliti a usar tons suaves, delicados e claros, como rosa e azul-bebê. "A pureza está presente em cena, como no quarto das meninas, tudo bem delicado. A história mescla elementos reais com sonhos, uma dificuldade transformar isso em cenário, mas ao mesmo tempo o resultado é gratificante." Mas há outros exemplos. O cenário do musical também conta com uma lanchonete ao estilo norte-americano, um carro rabo-de-peixe e um vestiário com uma fileira de armários. O que o cenário tem de leve, o figurino tem de capricho nas cores. Após longa pesquisa de filmes e fotos, além de entrevistas com pessoas que passaram sua juventude na época, a figurinista Rita Bemitez definiu seu projeto. "Fiz todos os figurinos baseada nos atores e atrizes daquele período, como James Dean." Os rapazes usam calça jeans escura, camisa branca, jaqueta de couro preto e volumosos topetes. Para Rita, a década de 50 viveu a revolução das cores e estampas. "Era o pós-guerra, as pessoas queriam cor, vida, alegria. O cenário é discreto para o figurino sobressair. Dei um caráter brasileiro ao espetáculo, com fitinhas de cetim e bordados." Musical - Grease, de Jim Jacobs e Warren Casey, marcou época. Sucesso na Broadway, foi imortalizado por Olivia Newton-John e John Travolta no filme homônimo, de 1978. Ganha uma versão brasileira marcada pelo agito da produção. Foram três cansativas fases de teste. A primeira levou cerca de 500 pessoas às portas do Hotel Hilton, que durante dois dias enfrentaram uma banca composta por produtores e diretores. Eles deveriam mostrar habilidade para interpretar, cantar e dançar. Além disso, houve uma atenção especial ao tipo físico dos candidatos. Os destaques do elenco ficam por conta de Amanda Acosta, a Sandy, que canta desde os cinco anos e participou do grupo musical infantil Trem da Alegria. Afonso Nigro, o Danny, ficou famoso por cantar no grupo adolescente Dominó e aposta na criação de um personagem com estilo próprio. Paula Capovilla interpretará Rizzo, amiga de Sandy. A moça estudou canto lírico e foi destaque nos espetáculos Les Misérables e Godspell. Grease, O Musical - Teatro Sérgio Cardoso. Rua Rui Barbosa, 153. Tel.: 288-0136. Duração 135 minutos (com intervalo de 15 min.). De quarta a sexta, às 21h; sábado, às 19 e 22h; domingo, às 19h. De R$ 30,00 a R$ 60,00. Vendas pelo tel.: 3255-5121. Até 29/6. Estréia hoje para convidados, amanhã para o público.

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