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De antena ligada nas HQs, cinema-pipoca, RPG e afins

'Black Kamen Rider' volta no bonde da Sato Co.

Por Rodrigo Fonseca
Atualização:
'Black Kamen Rider' foi um marco no Brasil nos anos 1990 Foto: Estadão

Rodrigo Fonseca - #FiqueEmCasa Gafanhotos hão de chichiar de novo à moda japonesa: "Black Kamen Rider", o inimigo dos Gorgom, vai voltar ao Brasil, via streaming, na Amazon Prime, graças ao trabalho do ronin Nelson Sato, que, nesta semana, lançou animação em CGI "Lupin III - O Primeiro" na web. A dublagem original das aventuras de Kotaro Minami (voz de Élcio Sodré aqui) está sendo resgatada pelo empório cultural do samurai Nelson, a Sato Company. Foi essa a grife de excelência responsável por trazer para a TV aberta brasileira, na Band, outras joias do formato narrativo nipônico chamado tokatsu (dramaturgia serializada de live action): "Changeman", "Jiraya" e "Jaspion". Todo o domingo, a peleja de Jaspion contra Satan Goss, com o Gigante Guerreiro Daileon, mobiliza legiões de fãs diante da televisão. São os mesmos que esperam a volta de Kamen Rider, orquestrada pela Sato, distribuidora e agregadora que opera em toda a América Latina, a partir de São Paulo, trazendo conteúdo da Rússia, Itália, China, Coreia do Sul, França, Argentina e, sobretudo, Japão. "Temos prospectado conteúdos de forte apelo para ajudar a difundir a cultura asiática no Brasil, atuando em 360º, seja TV, cinema e streaming. Trouxemos os filmes de Bruce Lee pra Amazon Prime, e quero agora trazer cópias deles em 4K para os cinemas. Temos 'Pingu' e 'Enclausurados' no Globplay. Virei agregadora Netflix em 2011, para onde levei 'Street Fighter'. E quero, ainda no segundo semestre, lançar 'My Hero Academia: Heroes Rising' nos cinemas. A ideia é estarmos em todas as plataformas", disse Sato, que fez carreira no ramos das videolocadoras antes de agregar conteúdos e distribuir séries, desenhos e filmes estrangeiros para o país, a partir de 1985. "Trouxe pra cá 'A Batalha de Narayama', que ganhou a Palma de Ouro em Cannes, e lancei 'Akira', a animação (de Katsuhiro Otomo) em uma época na qual os exibidores acreditavam que desenhos só podiam ser exibidos dublados e em matinês. Com apenas oito cópias, fiz com ele uma marca de 250 mil pagantes".

"Lupin III - O Primeiro": já nas plataformas de streaming Now, Vivo Play, Sky Play e Looke Foto: Estadão

Desde quarta, o logo da Sato Company gravita pelo streaming de carona nas pilantragens de bom coração de Lupin III. Derivado made in Asia da literatura policial de Maurice Leblanc (1864-1941), Arsène Lupin III, fino ladrão criado nos quadrinhos mangá, por Kazuhiko Kat?, o artista gráfico Monkey Punch (1937-2019), em 10 de agosto de 1967, cansou do formato 2D da japanimation clássica e foi buscar o volume da computação no longa-metragem que Nelson trouxe para a web nacional. Rola já ouvir em português o anti-herói - outrora consagrado por "O Castelo de Cagliostro", lançado em 1979 pelo mestre Hayao Miyazaki - em uma aventura cinematográfica (com dublagem pilotada por Nelson Machado) no Now, Vivo Play, Sky Play e Looke. Batizado "Lupin III: O Primeiro" ("Lupin III: The First"), o filme é dirigido por Takashi Yamazaki (de "Stand By Me Doraemon" e "Balada"), apostando pesado na ação, sem abrir mão do humor característico do anti-herói ladino, dublado aqui por Yuri Chesman. "Todo ano eu costumo ir duas vezes ao Japão atrás de conteúdo inédito, como 'Fruit Basket' e 'Fire Force'", disse Sato ao P de Pop. "Temos ainda o longa live action 'Kakegurui' para lançar'.

 Foto: Estadão

p.s.: Na madrugada de domingo pra segunda, a TV Globo vai revisitar o "Cidadão Kane" do cinema de ação: "Máquina Mortífera" (1987), na dublagem original da Herbert Richers.

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